França desmonta acampamento de imigrantes no Norte de Paris
Acampamento, com cerca de 250 tendas, começou há cerca de um ano e aumentou com o crescente fluxo de migrantes que atravessam o Mar Mediterrâneo rumo à Europa; apesar da instalação de banheiros públicos no local e da coleta de lixo, a situação era de perigo, de acordo com autoridades; desabrigados - cerca de 380 imigrantes africanos, a maioria da Etiópia e do Sudão - foram conduzidos para diferentes abrigos na capital
Giselle Garcia - Correspondente Agência Brasil/EBC
A polícia francesa desmontou, hoje (2) pela manhã, um acampamento improvisado embaixo de uma ponte de metrô no bairro de La Chapelle, no Norte de Paris, onde viviam cerca de 380 imigrantes africanos, a maioria da Etiópia e do Sudão. A ação foi conduzida depois que um relatório apontou o risco de doenças epidêmicas entre os moradores por causa das más condições de higiene encontradas no local.
O acampamento, com cerca de 250 tendas, começou há cerca de um ano e aumentou com o crescente fluxo de migrantes que atravessam o Mar Mediterrâneo rumo à Europa. Apesar da instalação de banheiros públicos no local e da coleta de lixo, a situação era de perigo, de acordo com autoridades. Os desabrigados foram conduzidos para diferentes abrigos na capital.
“As pessoas viviam entre excremento e sujeira, sejamos claros sobre isso, e não tinham nenhuma informação sobre seus direitos. Essa situação tinha que acabar, está sendo interrompida agora e essa é uma boa coisa”, disse Pierre Henry, secretário-geral da associação de caridade Terre d'Asile, que abrigará parte dos imigrantes.
Henry espera que o governo conceda aos imigrantes o status de refugiados, garantindo-lhes os documentos necessários para que possam acessar o suporte público.
Só este ano, 51 mil imigrantes chegaram ao continente europeu por diferentes rotas, fugindo da guerra, da miséria e da perseguição religiosa. A maioria vem da Síria, do Paquistão e de várias partes da África Subsaariana. Sem documentos e sem ter para onde ir, eles sobrevivem de ajuda humanitária e esperam regularização.
Cerca de 1,8 mil morreram antes de completar a travessia. O número de mortes é 200 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
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