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Mundo

França em alerta

Alvo de diversas ameaas por parte da Al-Qaeda, Nicolas Sarkozy encara com cautela a morte do lder Osama bin Laden

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Roberta Namour, correspondente do 247 de Paris – Enquanto nos Estados Unidos o clima é de festa após o anúncio da morte de Osama bin Laden, na França a cautela reina. O presidente Nicolas Sarkozy elogiou a tenacidade dos Estados Unidos em numa perseguição que já durava dez anos. “Bin Laden foi o principal propagador de uma ideologia de ódio e líder de uma organização terrorista que fez milhares de vítimas pelo mundo, especialmente nos países muçulmanos. Para essas pessoas, a justiça foi feita”, disse em um comunicado. Mas o chefe de estado adverte que não se trata do fim da Al-Qaeda. “O combate contra o terrorismo deve continuar e os países vítimas desses crimes devem se unir”, afirmou o presidente.

Com a morte do líder da Al-Qaeda, uma onda de atentados pelo mundo como represália é esperada. E a França é um dos principais alvos do grupo terrorista. Em novembro de 2010, em uma transmissão no canal Qatar Al Jazeera, o chefe da Al-Qaeda do Maghreb islâmico (Aqmi), Abdelmalek Droukdel, declarou: “Se vocês desejam que os franceses que são nossos prisioneiros sejam sãos e salvos, se apressem em retirar seus soldados do Afeganistão.” Atualmente, 4 mil militares franceses estão em missão no País. No total, desde o ataque do 11 de setembro de 2001, mais de 55 deles morreram na operação. Em uma mensagem em áudio, Osama bin Laden também ameaçou pessoalmente a França em outubro do ano passado – foi a última “aparição” do líder da Al-Qaeda. Segundo ele, o País só estaria em segurança quando retirasse as tropas do Afeganistão e quando colocasse fim as injustiças contra os muçulmanos. Bin Laden se referia a lei que proíbe o uso de véu integral em vias públicas na França.

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Na semana passada, o alerta foi novamente enviado. A Al-Qaeda divulgou um vídeo contendo mensagens de quatro reféns franceses implorando a retirada do contingente militar do país de Bin Laden, segundo o centro americano de monitoramento de sites islâmicos. Funcionários do grupo Areva, eles foram sequestrados no Niger, em setembro do ano passado. A gravação, que dura 3 minutos e 36 segundos, mostra fotos de Pierre Legrand, Daniel Larribe, Thierry Dol e Marc Furrer, com homens armados atrás. Eles são apresentados e pronunciam na sequência, um a um, o mesmo texto : “Nós suplicamos ao presidente da República Francesa, Nicolas Sarkozy, de responder positivamente ao pedido da Al-Qaida de retirar as tropas francesas do Afeganistão. Os franceses não têm interesse nenhum nessa guerra.” A Aqmi exige ainda um resgate no valor de 90 milhões de euros – já rejeitado anteriormente pelo governo francês.

Dois jornalistas franceses também são mantidos como prisioneiros da Al-Qaeda. Stéphane Taponier e Hervé Ghesquière foram raptados no dia 29 dezembro de 2009. A última prova de vida foi divulgada no final do ano passado. O ministro da Defesa, Gérard Longuet, declarou nesta manhã que a morte de Osama bin Laden poderia jogar a favor dos reféns em poder dos terroristas.

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