França suspende aumentos de combustíveis para conter revolta dos coletes amarelos
O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, anunciou nesta terça-feira (4) a suspensão, por seis meses, dos aumentos de impostos sobre combustíveis, que geraram violentos protestos durante três semanas, na maior crise do governo do presidente Emmanuel Macron, cuja popularidade está despencando
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247, com Reuters - O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, anunciou nesta terça-feira (4) a suspensão, por seis meses, dos aumentos de impostos sobre combustíveis, que geraram violentos protestos durante três semanas.
Em pronunciamento na TV, o premiê disse que qualquer um teria que "ser surdo ou cego" para não ouvir ou ver a revolta nas ruas, causada por uma diretriz que opresidente da República, Emmanuel Macron defendeu dizendo ser essencial no combate à mudança climática.
"Os franceses que vestiram coletes amarelos querem que os impostos diminuam e que o trabalho remunere. Isso também é o que queremos. Se eu não consegui explicar isto, se a maioria governista não conseguiu convencer os franceses, então algo precisa mudar", disse Philippe.
Além do adiamento de seis meses na adoção dos impostos sobre combustíveis, Philippe disse que o período será usado para se debater outras medidas. Durante a revolta, os manifestantes pediram que o governo não prejudique ainda mais os trabalhadores pobres que dependem de veículos para ter acesso ao trabalho e ao comércio.
O governo não assumiu o compromisso explícito de aumentar o salário mínimo, outra reivindicação dos manifestantes.
O movimento dos "coletes amarelos" abre um período de profunda crise no governo de Emmanuel Macron. Os protestos se transformaram em um levante anti-Macron. O presidente, cuja popularidade está despencando, é criticado por adotar políticas que favorecem os ricos e não fazer nada para ajudar os pobres.
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