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France-Presse conta furo mundial de foto de Kadafi

Agncia expede nota oficial na qual revela como conseguiu obter a foto mais vista no mundo hoje: a do ditador lbio Muamar Kadafi morto; Philippe Desmazes a obteve fotografando o celular de um rebelde que fizera a imagem original; ntegra

Claudio Julio Tognolli_247 - A Agence France-Presse foi a primeira a divulgar a foto de Muamar Kadhafi, após sua captura e morte, em Sirte. A imagem do então homem forte da Líbia, com o rosto e as roupas manchados de sangue, foi obtida pela AFP de um rebelde, que a captou com a ajuda de um telefone celular. Philippe Desmazes, da agência, conseguiu, algum tempo depois, fotografar a imagem desse telefone. Agora, em comunicado oficial, a AFP conta ao mundo como tudo aconteceu e comemora seu furo:

"Eu cobria a queda de Sirte e ouvi tiros um pouco mais a oeste da posição em que estava. Os rebeldes, então, nos explicaram que os homens de Kadhafi haviam tentado sair à noite. Houve combates, que se transformaram, logo, em celebrações", contou Philippe Desmazes.

"Pedi, então, que os combatentes me levassem ao local. Ao chegar, mostraram-me grandes cilindros de cimento nos quais, segundo eles, Kadhafi estava escondido, antes de ser capturado. Um pouco mais longe, observei os combatentes olhando para um celular. Tive sorte, então: eu fui o único a vê-los. O dono do celular mostrou-me a captura de Kadhafi que havia filmado alguns minutos antes. É muito difícil com a luz ambiente conseguir reproduzir as imagens da tela pequena. Os rebeldes se aproximaram, então, fazendo sombra, permitindo-me capturá-la melhor. Tive muita sorte", acrescentou.

"Este furo simboliza bem a presença contínua da AFP na Líbia desde fevereiro, a força de uma equipe, a coragem dos jornalistas da agência", declarou Philippe Massonnet, diretor de Informação.

"A atuação coroa meses de constância e de perseverança dos correspondentes da agência nesta parte do mundo, como em outros lugares. Presto minha homenagem e felicito a competência dos que permitiram este sucesso", afirmou Emmanuel Hoog, presidente-diretor geral da AFP.

Agence France-Presse

Maud Forlini