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Governo argentino busca sócios privados para a nova estatal

Ministro do Planejamento, Julio De Vido, procurou a Petrobras, a Total, a Exxon, Chevron e a Apache. A estatal chinesa Sinopec tambm estaria na lista de possveis interessados

Governo argentino busca sócios privados para a nova estatal (Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS )
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247 – O governo da Argentina não pretende tocar sozinho a nova companhia estatal de petróleo do país. Depois de anunciar a expropriação de 51% da Repsol-YPF, o ministro do Planejamento, Julio De Vido, procura sócios privados. A Petrobras, a Total, a Exxon, Chevron e a Apache já foram procuradas. A estatal chinesa Sinopec também estaria na lista de possíveis interessados.

Leia na matéria do Globo:

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BUENOS AIRES — Depois de ter anunciado a expropriação de 51% da Repsol-YPF, projeto que será votado pelo Senado argentino na quarta-feira (25), o governo da presidente Cristina Kirchner está concentrado em conseguir sócios privados para a nova companhia estatal de petróleo do país. Depois de ter conversado semana passada com a Petrobras e a Total, segunda-feira, o ministro do Planejamento, Julio De Vido, junto com o parceiro no comando da intervenção da YPF, o vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, se reuniram com representantes da Exxon, Chevron e Apache. A estatal chinesa Sinopec também estaria na lista de possíveis interessados que está sendo estudada pelo governo argentino.

A estratégia da Casa Rosada foi considerada previsível pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Garcia-Margallo, que descartou a possibilidade de que a YPF e o governo argentino possam financiar as dívidas da empresa e futuros investimentos sem a ajuda de novos aliados no setor privado.

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— Nos próximos cinco meses os vencimentos da YPF atingem US$ 1,6 bilhão — lembrou o ministro espanhol.

Segundo ele, “não parece estranho pensar que o governo argentino esteja procurando um sócio a quem vender o que foi expropriado à Repsol”.

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— Nesse caso, teríamos sido expropriados para sermos substituídos por outro parceiro privado — disse Garcia-Margallo.

Em seu discurso do último dia 16 de abril, a presidente argentina antecipou sua decisão de realizar joint ventures entre a nova YPF e empresas nacionais e estrangeiras que estejam interessadas em associar-se com a estatal argentina. Esse foi um dos recados levados por De Vido sexta passada às autoridades da Petrobras, em Brasília. Domingo à noite, os interventores da YPF divulgaram uma nota na qual informaram que a empresa precisa “gerar novos investimentos que permitam aumentar a produção de gás e petróleo do país”.

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A falta de investimentos e de uma política energética eficiente provocaram uma grave crise energética que vem sendo denunciada por especialistas há mais de cinco anos, mas só foi reconhecida pelo governo no dia em que Cristina comunicou a expropriação da Repsol-YPF. Entre 2003 e 2011, as reservas de petróleo do país recuaram 6% e as de gás despencaram 41%. No mesmo período, a produção de petróleo caiu 18% e a de gás 7%, segundo dados do Instituto Argentino de Energia (IAE).

Segundo o jornal “El Cronista”, o governo Kirchner pretende selar acordos com empresas privadas que permitam anunciar, no curto prazo, investimentos por um total de US$ 15 bilhões. De acordo com o diário argentino, muitos dos projetos já estavam sendo conversados com a Repsol e, no entanto, seriam apresentados pela Casa Rosada como inéditos. Muitos estariam relacionados à exploração de gás não convencional, uma das grandes apostas do governo Kirchner.

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Depois de ser aprovado no Senado, com o voto até mesmo do senador e ex-presidente Carlos Menem (1989-1999), autor da privatização da Repsol-YPF, o projeto de expropriação da empresa será votado na Câmara semana que vem. Em ambas as casas,o governo contará com o apoio de sua bancada majoritária e, tambm, de parte da oposição que considera necessário recuperar recursos estratégicos do país.

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