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Governo Trump aprova primeiro pacote de armas para a Ucrânia financiado por aliados da Otan

Novo mecanismo de cooperação permitirá enviar sistemas de defesa aérea e artilharia para Kiev

Trump em cúpula da Otan (Foto: REUTERS/Piroschka Van De Wouw)

247 - Os Estados Unidos autorizaram aliados europeus da Otan a enviar armas para a Ucrânia, informa a Reuters. Segundo a agência de notícias, o governo de Donald Trump autorizou o envio inicial de armamentos para Kiev dentro de um mecanismo inédito que utiliza recursos de países da OTAN para financiar armas provenientes dos estoques norte-americanos. Essa iniciativa marca a retomada da cooperação transatlântica na área de defesa, agora sob um formato de divisão de custos entre aliados.

O novo mecanismo de apoio militar

O subsecretário de Defesa para Políticas, Elbridge Colby, aprovou até duas remessas de US$ 500 milhões cada, no âmbito do programa batizado de Lista de Requisitos Priorizados da Ucrânia (PURL, na sigla em inglês). O objetivo é fornecer até US$ 10 bilhões em armamentos para fortalecer Kiev diante da intensificação dos ataques russos com drones e mísseis.

Até agora, a política do governo Trump havia se limitado à venda direta de armas à Ucrânia e à continuidade de doações previamente autorizadas pelo ex-presidente Joe Biden, conhecido por seu apoio a Kiev. O novo formato, no entanto, transfere parte do financiamento para países aliados da OTAN, permitindo ampliar o volume de equipamentos enviados.

Itens estratégicos para defesa aérea

Embora as fontes não tenham detalhado a lista completa de armamentos, confirmaram que o pacote inclui sistemas de defesa aérea, considerados críticos diante do aumento da ofensiva russa. “É o que eles vêm pedindo, muitas coisas”, disse uma das fontes, acrescentando que o fornecimento já ajudou a estabilizar as linhas de frente.

Especialistas apontam que as necessidades da Ucrânia continuam semelhantes às dos últimos meses: defesa aérea, interceptadores, foguetes e sistemas de artilharia.

Contexto político e militar

A decisão ocorre em meio à frustração de Donald Trump com a continuidade dos ataques de Moscou, mesmo após suas tentativas de mediar um acordo negociado para encerrar o conflito. A aprovação da PURL é vista como um passo decisivo para garantir que Kiev mantenha capacidade de defesa diante da pressão russa no campo de batalha.

O Pentágono, questionado pela Reuters, não respondeu imediatamente sobre os detalhes do pacote militar.

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