Governo ucraniano adia demissão de comandante chefe das Forças Armadas devido a vazamento de informações
Um problema para o governo foi a falta imediata de um substituto para ocupar a posição de Valery Zaluzhny
247 - O governo ucraniano adiou a demissão do comandante chefe ucraniano Valery Zaluzhny devido ao vazamento de informações sobre sua possível renúncia, informou o The New York Times na terça-feira (30), citando fontes.
O governo planejava demitir Zaluzhny, mas na noite de segunda-feira, quando a informação vazou, decidiu recuar, disse o relatório, acrescentando que agora o governo está desacelerando o processo.
Outro problema para o governo foi a falta imediata de um substituto para ocupar a posição de Zaluzhny, informou o jornal.
Além disso, o The Washington Post, citando fontes, informou que a discordância entre Zaluzhny e o presidente ucraniano Zelensky em uma reunião na segunda-feira ocorreu devido à escala de uma mobilização adicional. Zaluzhny desejava mobilizar cerca de 500.000 soldados adicionais, enquanto Zelensky considerava esse número impraticável, citando a falta de uniformes, armas e instalações de treinamento para um número tão grande de novos recrutas.
O presidente ucraniano tem lamentado repetidamente em público a falta de financiamento suficiente para fornecer aos recrutas os armamentos e equipamentos necessários.
Além disso, durante a reunião com Zaluzhny, Zelensky admitiu que os ucranianos estavam cansados do conflito militar, enquanto os parceiros ocidentais estavam demorando para fornecer ajuda a Kiev, conforme o relato. No entanto, Zelensky também teria argumentado que uma mudança no comando das forças armadas poderia melhorar a situação. A expectativa é de que a renúncia não apenas de Zaluzhny, mas também de outros membros de sua equipe, ocorra em breve, informou o jornal.
Na segunda-feira, o legislador ucraniano Oleksiy Goncharenko disse, citando fontes, que Zaluzhny teria supostamente recebido ordens para renunciar. O Ministério da Defesa da Ucrânia, por sua vez, afirmou que os relatos sobre a alegada renúncia de Zaluzhny não eram verdadeiros. Posteriormente, o porta-voz do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Serhiy Nykyforov, também negou os rumores sobre a possível renúncia de Zaluzhny.
Moscou está monitorando os relatórios sobre a renúncia de Zaluzhny, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quarta-feira (31), acrescentando que Kiev tem muitos problemas.
"É claro que [o Kremlin] está monitorando [os relatórios sobre Zaluzhny]... Uma coisa permanece óbvia: o regime de Kiev tem muitos problemas, está tudo errado aí, isso está claro", disse Peskov aos repórteres.
"A contraofensiva fracassada de Kiev e os problemas nas frentes levam a contradições crescentes entre os representantes da liderança militar e civil", acrescentou o funcionário. (Com informações da Sputnik).
