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Governo ucraniano ameaça Crimeia após forças russas tomarem base naval

O governo central da Ucrânia, em Kiev, ameaçou nesta quarta-feira adotar represálias contra as autoridades da Crimeia se persistirem as "provocações" contra as tropas ucranianas na península, depois que forças russas tomaram o controle da base naval ucraniana e içaram a bandeira da Rússia

Ukrainian Navy sailors stand guard on the Ukrainian navy command ship Slavutych at the Crimean port of Sevastopol March 18, 2014. Putin, defying Ukrainian protests and Western sanctions, on Tuesday signed a treaty making Crimea part Russia but said he did (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Aleksandar Vasovic e Gabriela Baczynska

SEBASTOPOL/KIEV, 19 Mar (Reuters) - O governo central da Ucrânia, em Kiev, ameaçou nesta quarta-feira adotar represálias contra as autoridades da Crimeia se persistirem as "provocações" contra as tropas ucranianas na península, depois que forças russas tomaram o controle da base naval ucraniana e içaram a bandeira da Rússia.

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A tomada do controle da sede naval ucraniana no porto do Mar Negro de Sebastopol, em clima tenso, mas pacífico, indicou a intenção de Moscou de neutralizar qualquer oposição armada.

Soldados da Rússia e as chamadas unidades de autodefesa, formadas principalmente de voluntários desarmados que estão apoiando as tropas russas em toda a península, chegaram no início da manhã e rapidamente assumiram o controle do local.

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O porta-voz militar ucraniano Vladislav Seleznyov disse que o comandante da Marinha da Ucrânia, almirante Serhiy Haiduk, foi expulso por unidades que pareciam forças especiais russas. Em Kiev, o presidente interino, Oleksander Turchinov, ameaçou tomar medidas se a pressão sobre as forças ucranianas na Crimeia não parar.

"Se até as 21h todas as provocações contra as tropas ucranianas não pararem e o almirante Haiduk e todos os outros reféns ... não forem liberados, as autoridades vão tomar as medidas adequadas, inclusive de natureza técnica e tecnológica", disse ele em um comunicado publicado on-line.

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A maior parte da eletricidade, água e comida consumidas na Crimeia vem da parte continental da Ucrânia e os comentários de Turchinov deram a entender que o país poderia reduzir os suprimentos.

"Os militares russos estão cinicamente se recusando a negociar o fim das provocações e a libertação dos reféns", disse Turchinov.

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A agência de notícias russa Itar-Tass informou que Alexander Vitko, comandante da frota russa do Mar Negro, cuja sede fica em Sebastopol, estava participando das conversações na base.

Logo após a ocupação da base, o ministro interino da Defesa da Ucrânia, Ihor Tenyukh, disse em Kiev que as forças do país não se retirarão da Crimeia ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, tenha assinado uma lei que torna a região parte da Rússia.

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No entanto, uma hora depois, militares ucranianos, desarmados e à paisana, começaram a caminhar para fora da base. Em poucos minutos, um grupo de soldados usando uniforme ucraniano, parecendo em estado de choque pela virada dramática dos acontecimentos, também saiu do local.

PROTECÇÃO DE ‘FASCISTAS'

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Mais tarde, o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, pró-Ocidente, ordenou que o ministro da Defesa Tenyukh e seu primeiro vice-primeiro ministro, Vitaly Yarema, voassem para a Crimeia para "resolver a situação".

Mas o novo primeiro-ministro da Crimeia desde a invasão russa, Sergey Askyonov, declarou que Yarema e Tenyukh não seriam autorizados a aterrissar na região.

Milhares de soldados russos assumiram o controle da Crimeia depois que em um referendo no fim de semana na região -- onde a maioria da população é de etnia russa -- os eleitores votaram amplamente pela secessão da Ucrânia e integração à Federação Russa.

Putin disse que a sua decisão de ocupar a Crimeia foi justificada pelo que ele definiu como "fascistas" que derrubaram do poder no mês passado o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, pró-Rússia, depois de três meses de protestos de rua violentos.

A Ucrânia e os governos de países ocidentais rejeitaram o referendo, que qualificaram de "farsa" e dizem que as ações de Putin são injustificáveis.

(Reportagem adicional de Mike Collett-White, em Simferopol; de Steve Gutterman, em Moscou; de Natalia Zinets, em Kiev)

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