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Grupo de Puebla rejeita repressão no Equador e insta organizações internacionais a condenarem perseguição política

O Grupo de Puebla, articulação de personalidades progressistas latino-americanas e de outras regiões do mundo, emitiu nota condenando a repressão política no Equador contra opositores do presidente Lenin Moreno.

Manifestantes entram em confronto com forças de segurança em Quito (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)

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247 -  Personalidades progressistas lançaram nesta terça-feira (8) um documento rechaçando as medidas repressivas e o pacote econômico neoliberal do presidente equatoriano Lenin Moreno. Há uma semana o país está conflagrado numa verdadeira rebelião popular e enfrentando perseguição política por parte do governo.  

O documento, assinado por figuras como os ex-presidentes do Brasil, Lula e Dilma, o ex-chanceler Celso Amorim, o ex-candidato do PT à Presidência da República Fernando Haddad, o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, o ex-premiê espanhol José Luís Zapatero, o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, entre outros, afirma que durante os últimos acontecimentos no Equador foram cometidas "graves violações dos direitos humanos e das normas básicas da democracia e do Estado de direito". 

Em função disso, o Grupo de Puebra expressa "profunda preocupação" e vai a público "instar as organizações internacionais a observar e condenar esses atos repressivos em resposta a protestos sociais".

"Da mesma forma - prossegue o documento - condenamos qualquer ato de repressão e perseguição aos líderes da oposição; repressão excessiva dos protestos sociais e perseguição aos expoentes da oposição". 

"Há alguns dias, testemunhamos como o governo de Lenín Moreno anunciou fortes medidas trabalhistas de ajuste e flexibilidade que imediatamente provocaram reação popular e uma série de manifestações de cidadania em massa, insatisfeitas com as políticas de regressão de direitos e com impacto social negativo". 

"Oficialmente, foram reportados mais de 500 detidos - entre líderes políticos, sociais, de assembléia, prefeitos e indígenas - além da perseguição preocupante e contínua contra os líderes da Revolução Cidadã". 

"Finalmente, e diante desse novo ataque à democracia, ao Estado de Direito e ao uso excessivo da força e à repressão policial e militar, o Grupo de Puebla - que reúne líderes políticos, homens e mulheres, de 12 nações da América Latina - insta as organizações internacionais e os governos democráticos a prestarem a máxima atenção à perseguição política no Equador e a condenar - com firmeza - o uso abusivo da força pelo governo Moreno em resposta a protestos sociais. 

Assinam o documento:

Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, Marco Enríqiuez-Ominami, Guillaume Long, Fernando Lugo, Jorge Enrique Taiana, Carlos Ominami,Fernando Haddad, Daniel Martínez, Aloizio Mercadante, Camilo Lagos, Gabriela Rivadeneira  e Ernesto Samper

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