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Guaidó não conseguiu controlar situação que ele mesmo criou, diz analista

Para o professor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade de São Petersburgo e especialista em assuntos latino-americanos, Viktor Jeifets, o autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, não conseguiu assumir o controle sobre a situação na Venezuela, bem como realizar a entrada da ajuda humanitária no país, "A entrada da ajuda humanitária à Venezuela, prevista para 23 de fevereiro, desde o início que era vista como uma provocação e terminou como deveria terminar, com o caos na fronteira e vítimas humanas", disse

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247 - O opositor Juan Guaidó, que no mês passado se proclamou presidente interino da Venezuela, não conseguiu assumir o controlo sobre a situação na Venezuela, bem como realizar a entrada da ajuda humanitária no país, disse o analista Viktor Jeifets.

O professor Viktor Jeifets, da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Estatal de São Petersburgo e especialista em assuntos latino-americanos, opinou que "ontem [23 de fevereiro] era um dia importante para Guaidó mostrar que ele podia controlar algo, mas isso não deu certo".

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Jeifets sublinhou que, ao se declarar presidente interino da Venezuela, Guaidó deveria convocar eleições em 30 dias, mas não conseguiu fazer isso. "Por isso não é claro quais sejam os poderes de Guaidó como presidente interino", disse ele.

O cientista político indicou que o plano não funcionou como foi planejado, mas o fracasso da tentativa de transferir a ajuda humanitária era previsível.
"A entrada da ajuda humanitária à Venezuela, prevista para 23 de fevereiro, desde o início que era vista como uma provocação e terminou como deveria terminar, com o caos na fronteira e vítimas humanas", afirmou Jeifets.

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Para o especialista, a coisa mais perigosa não foram as desordens na fronteira com a Colômbia, mas a partida de um navio com ajuda humanitária de Porto Rico, que a guarda fronteiriça venezuelana prometeu atacar se se aproximasse do seu país.

"Se isso acontecesse, se o navio não tivesse voltado atrás, isso poderia ter sido um pretexto direto para uma intervenção das Forças Armadas dos EUA, levando em conta que Porto Rico é um Estado livre associado dos EUA", avisou ele.

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Em 23 de fevereiro, a oposição venezuelana tentou fazer entrar ajuda humanitária na Venezuela. Na chegada, vários caminhões com ajuda foram queimados na fronteira com a Colômbia, enquanto quatro pessoas foram mortas na fronteira com o Brasil, segundo a organização não-governamental venezuelana Fórum Criminal.

A tensão política na Venezuela aumentou desde que em 23 de janeiro Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição, se declarou presidente interino do país.

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Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país. Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo do país e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos do país latino-americano.

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