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Hiroshima, meu amor

Um país traumatizado por duas bombas atômicas e sujeito a tantos desastres naturais deve ter energia nuclear?

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Em agosto de 2010, eu fui ao Japão, o país mais belo da Terra. Se o Brasil é o pulmão do mundo, com sua natureza exuberante, o Japão é o seu jardim, com a vida transformada em arte até nos míseros detalhes, como a poda das árvores. Estive em várias cidades. Uma delas, Hiroshima. E este sim deveria um destino obrigatório para qualquer cidadão do mundo.

Hiroshima impressiona e Hiroshima emociona. No Memorial da Paz, construído em 1955, estão imagens da destruição, mas também os desenhos feitos por crianças. De como elas processaram a tragédia, a partir da história oral, nos relatos feitos por seus pais e avós.

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E muitas das imagens marcantes são as dos desenhos do rio Ota, que corta a cidade. No dia da explosão, milhares de pessoas queimadas pela explosão morreram instantaneamente porque se atiraram ao rio, que fervia como lava de vulcão.

No desenho de uma criança, há uma ponte para que sua família atravesse o rio de fogo, enquanto milhares de corpos ardem ao lado. E até hoje os japoneses não comem os peixes do rio Ota, em respeito aos mortos.

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Do lado de fora do Memorial, uma vida que segue seu curso normal. Crianças que andam, brincam e passeiam de bicicleta, sem saber por que tantas pessoas de outros países vão a Hiroshima para badalar o sino da paz. E que, na sua ingenuidade, talvez desconheçam que o apelido da bomba que desabou sobre a cidade em agosto de 1945 era “Little Boy”.

Em Hiroshima, é também possível assinar uma carta em prol de um mundo sem armas nucleares. O movimento, liderado pelo prefeito Tadatoshi Akiba, ainda tenta convencer o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que vem ao Brasil nesta semana. Talvez seja também pura ingenuidade.

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Mas os japoneses, traumatizados por duas bombas, talvez possam dar um primeiro passo revendo sua própria política energética. Pode um país tão vulnerável e sujeito a desastres naturais como o Japão ter usinas nucleares?

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