Houthis descartam danos à infraestrutura civil e prometem retaliação aos EUA e Reino Unido
EUA e Reino Unido realizaram ataques contra o Iêmen, cuja capital é governada pelos Houthis
247 – As instalações de infraestrutura civil e as casas de civis não foram danificadas pelos ataques aéreos dos EUA e do Reino Unido ao Iêmen, disse à Sputnik um membro do politburo do movimento rebelde Ansar Allah do Iêmen, Muhammad Ali Al Bukhaiti, nesta sexta-feira (12).
Os EUA e seus aliados dispararam mais de 100 mísseis contra posições Houthi em quatro províncias do Iêmen durante a última noite, em retaliação aos ataques a navios comerciais no Mar Vermelho. A capital iemenita de Sanaa, o principal porto de Al Hudaydah e as cidades de Sadah e Taizz foram todos alvo.
“Tanto quanto sei, não há danos”, disse o responsável, acrescentando que o movimento irá atacar navios ligados aos Estados Unidos e ao Reino Unido em resposta à agressão contra o Iémen.
Quem são os Houthis e por que os atacam? - O movimento Ansar Allah, também chamado de Houthis, foi criado em 1992 na província de Saada, no norte do Iêmen. Seu líder é Abdul-Malik al-Houthi, irmão do fundador do movimento, Hussein Badreddin al-Houthi, levando o movimento o sobrenome dele.
Os Houthis tomaram o poder na capital do Iêmen, Sanaa, em setembro de 2014, em meio a protestos sobre a remoção de subsídios estatais para combustível. Desde então, uma operação militar contra os Houthis da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita ajudou a levar várias áreas de volta ao controle das forças pró-governo.
A ação militar no Iêmen ainda está em andamento, mas no ano passado tornou-se letárgica e a Arábia Saudita está negociando com Omã.
Os Houthis são acusados de receber armas do Irã, mas mantêm um alto grau de independência na tomada de decisões e governança. Com o início do genocídio palestino perpetrado por Israel em Gaza, os Houthis tomaram uma posição ativa contra o regime israelita, exigindo a cessação das hostilidades. O bombardeio de navios em direção aos portos israelenses tornou-se uma ocorrência regular. (Com informações da Sputnik).
