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Indenização atrasada ao palestino Abu Zubaydah não pode servir de pretexto para encobrir crimes dos EUA em direitos humanos

A Lituânia pagou recentemente 100 mil euros ao "prisioneiro eterno" de Guantánamo, Abu Zubaydah

Abu Zubaydah (Foto: Reprodução)
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Rádio Internacional da China - A Lituânia pagou recentemente 100 mil euros ao "prisioneiro eterno" de Guantánamo, Abu Zubaydah. Há mais de três anos que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos exigia esta indenização da Lituânia, por ter permitido que a CIA dos Estados Unidos o torturasse em seu território. O governo lituano manteve a vítima presa num local secreto fora da capital Vilnius de fevereiro de 2005 a março de 2006.

Esta compensação significa que a Lituânia reconheceu que tem prisões secretas para ajudar os EUA a violar os direitos humanos. Após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, os EUA estabeleceram prisões secretas no exterior para deter e torturar suspeitos. O palestino Abu Zubaydah foi uma das vítimas.

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Nos últimos 20 anos, Zubaydah permanece detido em Guantánamo. No entanto, até hoje, os EUA ainda não têm evidências da relação dele com o Al-Qaeda. Em 2011, Zubaydah apresentou uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. As prisões secretas dos EUA já são uma prova de que o país violou os direitos humanos.

O governo lituano concordou em pagar esta indemnização por causa da pressão da opinião internacional. Mas isso não pode encobrir os crimes cometidos pelos EUA. Na prisão de Guantánamo há muitos casos semelhantes ao de Zubaydah. As estatísticas das Nações Unidas mostram que, em 2003, 700 pessoas foram detidas nesta prisão e, até hoje, 39 ainda estão detidos, mas apenas nove deles são acusados ou julgados como criminosos. Entre 2002 e 2021, nove detidos morreram, entre eles, sete por suicídio e nenhum deles foi acusado ou julgado por crimes.

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Além disso, nos últimos 20 anos, as guerras antiterroristas desencadeadas pelos EUA causaram grandes desastres para o mundo inteiro. As forças norte-americanas gastaram cerca de US$ 8 trilhões para realizar atividades militares em 85 países e regiões, deixando pelo menos 890 mil mortos e 38 milhões de desabrigados. O jornal New York Times aponta que as torturas, ataques aéreos e abuso das forças armadas já fazem com que os EUA percam o prestígio moral em todo o mundo.

Os políticos estadunidenses não têm a qualidade de se proclamarem “defensores dos direitos humanos” ou “farol da liberdade”, nem de comentarem as situações dos direitos humanos em outros países. Primeiramente, eles devem esclarecer seus problemas para a comunidade internacional.

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