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Irã suspende atividades da polícia da moralidade após meses de agitação social

Manifestantes culpam a polícia da moralidade pela morte de Mahsa Amini, o que o governo nega

Mulheres pró-governo protestam contra a agitação social no Irã, em Teerã, Irã, 23 de setembro de 2022 (Foto: WANA (West Asia News Agency) via REUTERS)

247 - As operações da polícia da moralidade do Irã foram suspensas, anunciou o procurador-geral do país. A medida é uma resposta aos protestos que vêm abalando a república islâmica há mais de três meses, que se devem à morte da jovem Mahsa Amini.

Os manifestantes, descritos pelo governo como agentes externos, culpam a polícia da moralidade pela morte da jovem da região do Curdistão. Mahsa Amini foi detida em Teerã por supostamente não ter usado a vestimenta obrigatória para mulheres. Segundo a versão oficial, a jovem sofreu um ataque cardíaco. Ela morreu em um hospital próximo depois de ficar em coma por três dias.

A polícia da moralidade “não tem ligação com o judiciário e foi fechada pelo mesmo local de onde havia sido lançada no passado”, disse o procurador-geral, Mohammad Jafar Montazeri, neste sábado. 

Não houve confirmação de que o trabalho das unidades de patrulhamento --oficialmente incumbidas de garantir a “segurança moral” da sociedade --tenha sido suspenso. 

A morte de Mahsa Amini gerou protestos inflamados pedindo o fim do regime islâmico. Ao mesmo tempo, manifestações em apoio ao governo se sucederam. Segundo o órgão de segurança máximo do Irã, 200 pessoas morreram na agitação social, incluindo membros das forças de segurança. 

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