Israel mantém ofensiva em Gaza e mata 7 pessoas após apelo de Trump por cessar-fogo
Ataques aéreos e de artilharia atingiram várias áreas, matando duas crianças; Hamas aceita parcialmente plano de paz de Trump e pede ajustes
247 - Israel manteve sua ofensiva militar contra Gaza neste sábado (4), resultando na morte de pelo menos sete pessoas, incluindo duas crianças, apesar do apelo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Tel Aviv suspendesse os bombardeios. A escalada ocorre em meio à resposta parcial do Hamas ao plano de 20 pontos apresentado por Trump para encerrar a guerra.
De acordo com informações da Al Jazeera, a Jihad Islâmica Palestina afirmou que a aceitação parcial do Hamas ao documento reflete também a posição de outros grupos palestinos. Ainda que o cessar-fogo não esteja garantido, alguns moradores relataram um breve alívio nas últimas horas, com redução do barulho de drones, tiros de metralhadora e bombardeios na região.
A Agência France Presse (AFP) informou que, mesmo após o pedido de Trump para a interrupção dos ataques, Israel lançou dezenas de bombardeios contra a Cidade de Gaza. “Foi uma noite muito violenta, durante a qual o exército israelense realizou dezenas de ataques aéreos e disparos de artilharia contra a Cidade de Gaza e outras áreas da Faixa de Gaza, apesar do apelo do presidente dos EUA”, disse Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza.
Segundo Basal, cujas equipes de resgate atuam sob a administração do Hamas, cerca de 20 residências foram destruídas na ofensiva noturna. Ele reforçou que os ataques continuam a atingir áreas densamente povoadas, agravando a situação humanitária.
Entre as vítimas, estão duas crianças mortas após um drone israelense atingir uma tenda em al-Mawasi, no sul de Gaza. Além disso, o exército israelense reiterou alertas para que os palestinos não retornem à Cidade de Gaza, classificada como “zona de combate perigosa”.
O Hamas respondeu ao plano de Trump aceitando a libertação de reféns, mas condicionou a implementação do acordo à revisão de alguns pontos do documento. Trump declarou que o movimento estaria “pronto para a paz duradoura”, mas não houve confirmação oficial de negociações diretas.
Em paralelo, o Irã anunciou a execução de seis pessoas identificadas como “elementos terroristas separatistas” com supostas ligações com Israel, segundo a Agência Oficial de Notícias da República Islâmica. O episódio evidencia o alcance regional das tensões e os desdobramentos da guerra além da Faixa de Gaza.
