Israel reage e convoca embaixadores do Conselho de Segurança da ONU
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que as relações do país com a ONU serão revisadas e que vai interromper "de maneira imediata” o repasse de US$ 7,8 milhões a cinco órgãos da entidade; neste domingo 25, Netanyahu convocou todos os embaixadores dos países que votaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas a favor da resolução que condenou as colônias israelenses na Cisjordânia
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247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou no sábado (24) que as relações do país com a ONU serão revisadas e que vai interromper "de maneira imediata” o repasse de US$ 7,8 milhões a cinco órgãos da entidade.
“Pedi ao Ministério de Relações Exteriores um estudo de nossas relações com a ONU no prazo de 30 dias. Ele tem relação com nosso financiamento a órgãos das Nações Unidas como quanto a presença de nossos representantes”, disse Netanyahu em um ato público em Jerusalém.
A declaração do primeiro-ministro veio após a aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU de uma resolução que condena a política de assentamentos de Israel em territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Ocidental, aprovado nesta sexta-feira (23/12) com a abstenção dos Estados Unidos.
Além das medidas contra a ONU, Netanyahu enumerou medidas adotadas nas últimas horas contra Nova Zelândia e Senegal, responsáveis junto a Malásia e Venezuela pela proposta da resolução, que havia sido adiada pelo Egito após intervenção do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Neste domingo de Natal, Netanyahu convocou os embaixadores do Conselho de Segurança da ONU. Leia mais:
Israel convoca embaixadores do Conselho de Segurança da ONU
Da Agência Ansa - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou hoje (25), dia de Natal, todos os embaixadores dos países que votaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas a favor da resolução que condenou as colônias israelenses na Cisjordânia. As informações são da agência de notícias Ansa.
A convocação, articulada com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, é um gesto diplomático de descontentamento com a atitude dos países, entre eles China, França, Rússia, Grã-Bretanha, Espanha, Egito, Japão, Ucrânia, Uruguai e Angola.
Nova Zelândia e Senegal não possuem embaixador em Israel, enquanto Venezuela e Malásia não têm relações diplomáticas com o país. Porém, como hoje é Natal, alguns embaixadores não estão em Tel Aviv e enviarão seus vices ou encarregados de negócios. Os Estados Unidos, que se abstiveram da votação, não terão os diplomatas convocados.
Abstenção dos EUA irrita Israel
Mesmo sem votar, a abstenção dos EUA em não usar seu poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas irritou Israel e permitiu que o texto fosse aprovado. A resolução número 2334 foi aprovada na noite de sexta-feira (23), por 14 votos a favor, nenhum contrário e a abstenção dos Estados Unidos. O texto tinha sido apresentado pelo Egito que, por pressão de Israel, tirou-o da mesa do Conselho de Segurança.
Mas Nova Zelândia, Senegal, Venezuela e Malásia se uniram para reapresentar a resolução. De acordo com o texto, Israel tem que parar imediatamente com as construções de assentamentos na Cisjordânia, considerados ilegais pela primeira vez.
As colônias são um dos principais obstáculos para os palestinos assinarem um acordo de paz. "Anteontem, o mundo se uniu ao nosso lado. O que aconteceu não resolve a questão palestina, mas define as bases legais para resolvê-la, já que as colônias são ilegais", comemorou o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em Belém.
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