Japão: crise nuclear pode derrubar premiê
O primeiro-ministro Naoto Kan deve deixar o posto antes de setembro, em funo da crise gerada pelo terremoto e pelo tsunami
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, pode deixar o cargo antes de setembro, disse hoje o secretário-chefe do gabinete do governo, Yukio Edano. "Relatos da mídia fazem parecer que Kan quer ficar por mais tempo, mas tenho certeza que esta não é sua intenção", disse Edano.
No início do dia, em entrevista a um programa de televisão local Edano já tinha afirmado que Kan não comparecerá à reunião de cúpula EUA-Japão, em setembro.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês sobreviveu a uma moção de censura apresentada pela oposição contra sua gestão da crise gerada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. A Câmara Baixa do Parlamento do Japão rejeitou a moção por 293 votos a 152. Se aprovada, culminaria com a dissolução do governo e a convocação de eleições.
Agora, o foco do debate político no país mudou para o momento provável da renúncia de Kan. Ele mesmo já insinuou sua pretensão de ficar no cargo até que a planta nuclear Daiichi, em Fukushima seja desligada, ou seja, até 2012.
Mas, de acordo com relatos da mídia japonesa, Edano disse que este não seria um critério para a partida do premiê, e que Kan não pretende ficar muito tempo. Se isso se confirmar, Kan, que assumiu há apenas um ano, será o quinto premiê japonês seguido a deixar o cargo antes do fim do mandato.
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