Jordânia é a bola da vez no Oriente Médio?

Cedendo a demandas populares por reformas, o rei da Jordânia, Abdullah II, afirmou neste domingo que o futuro gabinete de governo do país será formado de acordo com uma maioria parlamentar eleita. Há meses os jordanianos vêm exigindo o fim do poder absoluto do rei, o que inclui a nomeação de um primeiro-ministro e um gabinete.

Em discurso que marcou seu 12º ano no poder, o rei Abdullah também prometeu maiores mudanças constitucionais, embora não as tenha detalhado. Durante seis meses de protestos pedindo democracia, os jordanianos também pediram uma nova eleição parlamentar, diante de rumores de que a eleição realizada em novembro foi fraudada. Abdullah prometeu outras reformas, mas alertou que mudanças bruscas podem levar a "tumultos e caos", como ocorreu em outros países árabes, segundo ele.

Em outro país da região, a Líbia, as forças do presidente Muamar Kadafi estão bombardeando os rebeldes perto de seu reduto em uma cidade portuária no oeste da Líbia, mas combatentes contrários ao governo conseguiram revidar em uma outra cidade perto da fronteira com a Tunísia. O levante para acabar com o comando de 40 anos de Kadafi parece estar ganhando força neste domingo. O governo vem bombardeando há dias os rebeldes na cidade de Dafniya, a oeste de Misrata. As forças de Kadafi lutam para manter a oposição presa no maior porto da cidade e impedir uma marcha até Trípoli.

Em uma surpreendente demonstração de resiliência, os rebeldes se reagruparam e avançaram para dentro de Zawiya, 30 quilômetros a oeste da capital. Eles tomaram a cidade em março, mas foram brutalmente expulsos duas semanas depois.