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Jornalista denuncia situação caótica do Equador: “país não tem presidente”

Andrés Relinche faz crítica dura ao governo de Lenín Moreno e descreve o estado de calamidade da cidade de Guayaquil, cujo sistema funerário entrou em colapso. “Todo morador de Guayaquil tem um parente ou um conhecido que está doente ou morreu de coronavírus”. Assista na TV 247

(Foto: REUTERS/Vicente Gaibor del Pino | Divulgação)
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 247 - O jornalista equatoriano Andrés Relinche falou à TV 247 sobre a situação dramática do Equador diante da pandemia do coronavírus. Principalmente na segunda maior cidade do país, Guayaquil, onde há um dos maiores números de casos em proporção à população, a situação é caótica e os sistemas de saúde e funerário entraram em colapso.

“Todo morador de Guayaquil tem um parente ou um conhecido que está doente ou morreu de coronavírus”, relata Andrés, que vive na capital, Quito, mas nasceu em Guayaquil e tem toda a família morando na cidade. De acordo com os dados oficiais, 70% dos casos do país estão na cidade. Relinche relata que há cadáveres empilhados nas ruas, nos cemitérios e até nas casas.

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O jornalista afirma que, apesar de no início, o governo ter adotado medidas proibindo aglomerações, depois recuou e liberou diversas peças de teatros, jogos de futebol e outros eventos, provocando aglomerações. A situação fez com que a pandemia se expandisse rapidamente no país, e em Guayaquil, em alguns casos, os familiares e amigos de um falecido pelo vírus cavam as próprias covas para enterrar o morto, por falta de equipe e de ferramentas nos cemitérios.

Além disso, o equatoriano anunciou que estão perdendo cadáveres nos hospitais e que faltam testes massivos para saber a real quantidade de pessoas infectadas pelo vírus, o que mostra a subnotificação dos casos de coronavírus. Ele denuncia ainda o “mercado negro de informação” nos hospitais, onde alguns funcionários estão omitindo informação para os familiares e amigos dos pacientes e cobrando taxas irregulares para liberar um corpo a fim de que seja reconhecida pelos parentes.

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Lenín Moreno

Para o jornalista, “o Equador não tem presidente” neste momento. “Lenín Moreno não está liderando esta crise. Está ‘governando’ através do Twitter”, critica. Ele revelou que a primeira reação do presidente diante da publicação de fotos que chocaram o mundo exibindo caixões nas calçadas no epicentro da crise no Equador foi denunciar que se tratava de fake news plantada pela oposição ligada ao ex-presidente Rafael Correa.

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“O governo não está fazendo nada, só propaganda”, afirma. “Há uma inconsistência entre o que diz o governo e o que está ocorrendo nos hospitais”, acrescenta o jornalista, que relata sobre diversas denúncias feitas por médicos e enfermeiros de que falta material de proteção para tratar os pacientes e de que vários deles estão morrendo.

Ele também denuncia o ocultamento das informações pelo governo, que anuncia dados contraditórios. “O vice-ministro da Saúde anunciou que 1600 médicos se contagiaram por coronavírus, e que morreram 10 médicos. No dia seguinte o ministro titular da Saúde desmentiu-o dizendo que não eram 1600, mas 417 médicos”. Além disso, não se sabe quantos testes foram comprados. “Alguns dizem 2 milhões, outros 200 mil e outros 100 mil. A crise é tão grande que alguns ministros renunciaram”, conta o entrevistado.

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