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Julian Assange sugere criptografia nacional a Dilma

Fundador do Wikileaks diz que o Brasil é um dos países mais espionados pelos Estados Unidos no mundo e afirma que o País deve proteger empresas como a Petrobras da bisbilhotagem, mas não garante sigilo total se não houver tecnologia própria. "O problema de comprar equipamento de criptografia para a Petrobras ou a presidente é: você pode confiar no fornecedor? Os EUA são especializados em se infiltrar no chip dos equipamentos criptográficos"; presidente deve cancelar ida aos EUA devido à espionagem

Julian Assange sugere criptografia nacional a Dilma (Foto: CHRIS HELGREN)
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247 - Refugiado na embaixada do Equador em Londres, o australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, recebeu o jornalista Nelson de Sá, da Folha, para falar sobre seu novo livro, que trata de ativismo digital e o futuro da internet (confira aqui a íntegra da entrevista).

No encontro, ele tratou da espionagem americana ao Brasil. "A estatística de um dos programas da NSA (Agência de Segurança Nacional) mostra que os EUA interceptam mais sobre o Brasil do que sobre qualquer outro país latino-americano, pelo tamanho econômico, número de empresas americanas, contratos de equipamento, petróleo", disse ele.

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Qual a solução? A criptografia, mas, de preferência, com tecnologia própria. "Sim, eles (o governo brasileiro) precisam abraçar criptografia. O problema de comprar equipamento de criptografia para a Petrobras ou a presidente é: você pode confiar no fornecedor? Os EUA são especializados em se infiltrar no chip dos equipamentos criptográficos. O que o país precisa é conseguir o talento brasileiro para suas próprias agências de criptografia, para que desenvolvam tecnologia que seja confiável", afirmou.

O fundador do Wikileaks, no entanto, se disse decepcionado com a decisão do governo brasileiro de negar asilo a Edward Snowden, que revelou o escândalo de espionagem. "É muito decepcionante. Mostra a realidade das relações Brasil-EUA, infelizmente. Se você ler os telegramas diplomáticos do WikiLeaks sobre o Brasil, verá que sob Lula o Ministério das Relações Exteriores era bastante independente. É um sinal preocupante sobre a independência brasileira. O Brasil, no que concerne a América Latina, é forte o bastante para fazê-lo [conceder o asilo]. Que não tenha feito sugere que a posição da presidente Dilma é fraca, e ela deveria adotar ações para demonstrar essa força."

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