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Kadafi mata e ri do mundo

Trinta e dois dias depois de uma interveno militar composta por 26 pases, o ditador lbio vence a guerra, expe a fraqueza dos aliados e constrange Barack Obama, com a morte de civis

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247 – 19 de março. Barack Obama está no Brasil. Hillary Clinton, em Londres. Os dois se falam pelo telefone e tem início a intervenção militar contra a Líbia. Vinte e seis países, liderados pela França, decidem apoiar a iniciativa e declaram uma zona de exclusão aérea sobre os céus do Norte da África. Aviões Rafale bombardeiam tanques e jatos da força aérea líbia. Trinta e dois dias depois, o que aconteceu? Muammar Kadafi continua no poder, onde está instalado há 41 anos, e passeia sorridente pelas ruas de Tripoli. Tropas rebeldes estão encurraladas. Morteiros disparados contra as cidadelas ainda controladas por opositores, como Misrata, matam civis, como os premiados fotógrafos norte-americanos Tim Hetherington e Chris Hondros.

E agora, Obama? “Ele não tem uma estratégia para a Líbia”, disse John McCain, republicano derrotado por ele nas eleições de 2008. “Nós temos o arsenal militar e deveríamos estar liderando a situação”. A intervenção na Líbia evidencia as diferenças entre republicanos e democratas no tocante ao Oriente Médio. Em contraposição ao unilateralismo da era Bush, Obama é adepto do multilateralismo. Deu apoio a uma intervenção internacional, mas os países “aliados” não enviaram tropas terrestres à Líbia. Os Estados Unidos apenas prometeram enviar US$ 25 milhões aos rebeldes e infiltraram agentes da CIA no país africano. Como o Exército de Kadafi é bem treinado, os rebeldes estão sendo dizimados e encurralados.

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Qual é o risco diante da situação? Um fiasco internacional, segundo o analista Doug Bandow, do Cato Institute, um think tank conservador, em Washington. “O que se enxerga hoje é uma guerra civil sem fim”, diz ele. “E a intervenção internacional não faz o menor sentido”.

Barack Obama, definitivamente, não nasceu para a guerra. Muamar Kadafi, a “raposa do deserto”, parece estar bem mais preparado para o jogo. Enquanto isso, 60 pessoas são feridas por dia na cidade de Misrata. Inclusive civis, como os fotógrafos assassinados.

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