Le Monde: Moro não será salvo pelo beijo hétero de Bolsonaro
O jornal centrista ironiza que "o beijo hétero" enviado pelo presidente a Moro no Dia dos Namorados "pode não ser suficiente para salvar a carreira e a imagem" do ex-juiz. Em poucos dias, o ministro perdeu dez pontos de popularidade, conforme uma pesquisa citada pelo Monde
247 – Na continuidade da cobertura sobre as revelações das conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, o diário Le Monde ironiza que "o beijo hétero" enviado pelo presidente a Moro no Dia dos Namorados "pode não ser suficiente para salvar a carreira e a imagem" do ex-juiz. Em poucos dias, o ministro perdeu dez pontos de popularidade, conforme uma pesquisa citada pelo Monde.
Leia a reportagem no Uol e também texto da Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que a possibilidade é “zero” de demitir o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em razão do episódio sobre o vazamento de supostas mensagens entre o ex-juiz da Lava Jato e procuradores da força-tarefa da operação.
“Não existe essa possibilidade (de Moro ser demitido), zero”, disse Bolsonaro, em café da manhã com jornalista no Palácio do Planalto.
O presidente destacou ainda na entrevista que há uma “possibilidade grande” de Moro ser indicado para uma vaga a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
No mês passado, Bolsonaro fora taxativo sobre a indicação. “Ele (Moro) abriu mão de 22 anos de magistratura. A primeira vaga que se abrirá estará a sua disposição. Obviamente terá que passar por uma sabatina técnico-política no Senado, eu sei que não lhe falta competência para ser aprovado. Vou honrar esse compromisso com ele”, disse em entrevista à rádio Bandeirantes.
No café da manhã no Planalto, Bolsonaro disse que não vê maldade em eventuais conversas entre advogados, policiais e promotores. Sobre o caso especificamente de Moro, ele afirmou que o ministro “não inventou nada”.
“Ele trocou diálogos com algumas pessoas, ele não precisava inventar provas”, disse. “Moro seria a primeira pessoa a me falar se fez algo errado”, reforçou.
“Acredito nele e o Brasil deve muito a ele por ter conseguido prender corruptos e por buscar um ponto de inflexão na questão que é o câncer do Brasil que é a corrupção”, completou.
Segundo Bolsonaro, nos encontros que teve com Moro após o episódio, ele disse não ter falado em demissão nem o ministro falou em entregar o cargo.
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