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Líder de Burkina Faso convida Rússia a construir usina nuclear no país

Ibrahim Traore também afirmou que o povo de Burkina Faso apoia a operação militar especial da Rússia na Ucrânia

Ibrahim Traore (Foto: Reuters)

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247 - Burkina Faso está interessado em que a Rússia construa uma usina nuclear no país, disse o presidente transitório do país, capitão Ibrahim Traore, no sábado, acrescentando que isso ajudaria a região ocidental da África a gerar a energia necessária.

"Precisamos gerar energia, esse é um item importante da nossa agenda. Se possível, gostaríamos de criar uma pequena usina nuclear em nosso país. Nós, estando no centro da região oeste [da África], estamos em uma posição estratégica, e há escassez de energia nesta região em geral. Acho que se a Rússia puder fortalecer suas posições nesta região, será capaz de gerar energia para toda a região", disse Traore em uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin.

O líder russo realizou uma série final de reuniões com líderes africanos que viajaram a São Petersburgo para a Segunda Cúpula Rússia-África e Fórum Econômico e Humanitário de 27 a 28 de julho. 

Ainda no sábado, Traore afirmou que o povo de Burkina Faso apoia a operação militar especial da Rússia na Ucrânia. "A Rússia agora está realizando uma operação especial... Certifique-se de que nosso povo apoia você. Apoiamos seu governo", disse Traore durante seu encontro com Putin. 

Em fevereiro, circularam rumores de que a empresa militar privada Wagner teria expandido suas operações para Burkina Faso. A chancelaria russa negou os rumores. Na ocasião, Traore disse que não havia necessidade de recorrer aos serviços de uma PMC estrangeira. 

Em janeiro, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, líder do governo anterior que chegou ao poder por meio de um golpe no início do ano e apoiador de fortes laços com o Ocidente, foi deposto por um grupo de oficiais militares liderados por Traore no que se tornou o segundo golpe militar no país em oito meses. 

Burkina Faso, localizado na região do Sahel na África, luta contra grupos de jihadistas radicais desde 2015. O conflito já causou o deslocamento interno de mais de 2 milhões de pessoas, de acordo com dados do Conselho Norueguês para Refugiados. Atualmente, existem 4,9 milhões de pessoas no país com extrema necessidade de assistência humanitária, mas a maioria delas não consegue recebê-la devido ao bloqueio de muitas cidades e vilas. (Com informações da Sputnik). 

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