Lula e Biden apresentam sintonia nos discursos na ONU em temas fora da guerra da Ucrânia

Líderes concordaram com a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU, além de defenderem pautas ambientais e de combate à desigualdade

Lula e Joe Biden
Lula e Joe Biden (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Mike Segar)


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247 - Nesta terça-feira, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, do Brasil e EUA, respectivamente, em seus discursos na Assembleia Geral da ONU, demonstraram alinhamento em diversas questões, com exceção do conflito na Ucrânia. De acordo com o jornal O Globo, ambos os líderes destacaram a importância do combate às mudanças climáticas e da necessidade de reformar organismos internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU.

Lula e Biden compartilharam preocupações sobre as mudanças climáticas, ressaltando a urgência de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e agir contra a crise climática. Lula enfatizou a necessidade de combater a desigualdade social, apontando que os 10 maiores bilionários detêm mais riqueza do que os 40% mais pobres da Humanidade: "a fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã".

Ambos os líderes também concordaram com a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU para torná-lo mais representativo e eficaz. "Precisamos de mais vozes e mais perspectivas na mesa", disse Biden, após Lula enfatizar que "o Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade. Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime".

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No entanto, divergiram em relação à guerra na Ucrânia. Biden expressou apoio à Ucrânia e culpou a Rússia pela guerra. Por sua vez, Lula defendeu a negociação de um cessar-fogo e um acordo de paz como solução, questionando os altos gastos em armamentos. O brasileiro também enfatizou que a estabilidade global depende da inclusão social e do fim da desigualdade, destacando o papel da ONU como promotora da paz e do entendimento internacional.

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