Lula fala pelo Sul Global na ONU e diz que países emergentes não querem repetir modelo poluente de desenvolvimento

Presidente disse ser necessário levar em conta as "desigualdades históricas" no enfrentamento da crise climática

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Mike Segar/Reuters)


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247 - O presidente Lula (PT) discursou nesta terça-feira (19) na abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e assumiu o papel de representante do chamado ‘Sul Global’. Ele afirmou que os países emergentes não querem repetir o modelo poluente de desenvolvimento adotado anos atrás pelas nações mais ricas e cobrou colaboração para a preservação das florestas. Ele disse ser necessário levar em conta as "desigualdades históricas" no enfrentamento da crise climática.

"Agir contra a mudança no clima implica pensar no amanhã e enfrentar as desigualdades históricas. Os países ricos cresceram baseados em um modelo com alta taxa de emissão de gases danosos ao clima. A emergência climática torna urgente uma correção de rumo e a implantação do que já foi acordado. Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns mas diferenciadas. São as populações vulneráveis do Sul Global as mais afetadas pelas perdas e danos causados pela mudança no clima. Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera. Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo. No Brasil já provamos uma vez, e vamos provar de novo, que um modelo ambientalmente justo e sustentável é possível. Estamos na vanguarda da transição energética. Nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo. 87% da nossa energia vem de fontes limpas e renováveis. A geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol, biodiesel cresce a cada ano. É enorme o potencial do hidrogênio verde. Com o plano de transformação ecológica, apostaremos na industrialização e infraestrutura sustentáveis. Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate aos crimes ambientais. Ao longo dos últimos oito meses o desmatamento na Amazônia já foi reduzido em 48%. O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, é a Amazônia que está falando por si mesma. Sediamos há um mês a Cúpula de Belém no coração da Amazônia e lançamos uma nova agenda de colaboração entre os países que fazem parte daquele bioma. Somos 58 milhões de sul-americanos, amazônidas, cujo futuro depende das ações coordenadas dos países que detêm soberania sobre os territórios da região", declarou.

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