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Lula-Sarkô era interesse. Dilma-Hollande é amor

Relaes entre Brasil e Frana saltam de patamar com a vitria do socialista Franois Hollande, o que deve inclusive favorecer os negcios entre os dois pases, como a venda dos avies Rafale; reportagem de Roberta Namour, correspondente do 247

Lula-Sarkô era interesse. Dilma-Hollande é amor (Foto: Folhapress_Divulgação_Reuters_Folhapress)
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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Durante o mandato de Nicolas Sarkozy na França, o Brasil se aproximou muito do País, impulsionado pela empolgação do então presidente Lula em conquistar aliados em nações de peso para aumentar sua projeção internacional. A relação íntima entre os dois chefes de Estado rendeu homenagens como o ano do Brasil na França e vice-versa, assim como um acordo de cooperação militar de mais de US$ 12 bilhões – com a compra de submarinos com tecnologia francesa pelos brasileiros. A parceria só não chegou mais longe, com a venda dos caças franceses Rafale, porque Dilma Rousseff chegou ao poder e mandou congelar antigos acertos amigáveis de Lula.

Essa relação entre os dois países se tornou até alvo de uma polêmica nos EUA. Telegramas diplomáticos expostos pelo site WikiLeaks revelaram que o governo americano via com preocupação a proximidade cada vez maior do presidente da França, Nicolas Sarkozy, com o Brasil. Em duas mensagens para Washington, o embaixador dos Estados Unidos em Paris, Charles Rivkin, analisa a aliança franco-brasileira como uma estratégia de Sarkozy para ampliar a influência da França no mundo e, sobretudo, na América Latina.

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Em uma delas, em 17 de novembro de 2009, intitulada "França e Brasil: início de um caso de amor", o embaixador diz: "Julgamos que Sarkozy tira total proveito da popularidade individual de Carla Bruni e da sua popularidade como casal para avançar nos interesses nacionais da França (no Brasil)".

Com a chegada de François Hollande no poder, durante a gestão de Dilma, essa relação se torna mais afinada ideologicamente, o que poderá render frutos mais interessantes para o Brasil.

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Em uma mensagem divulgada no Blog do Planalto na noite de domingo, Dilma parabenizou Hollande pela vitória. "Estou segura que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais – dentre eles o G20 – que permitam inverter as políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado, infelicitaram o Brasil e a maioria dos países da América Latina", disse.

Segundo disse o cientista político Stéphane Montclaire, da Universidade Sorbonne, à BBC, Hollande deverá buscar apoio de grandes emergentes, como o Brasil, para tentar convencer a Alemanha a revisar o pacto fiscal europeu e incluir medidas de estímulo ao crescimento econômico. Dilma se mostrou preocupada com o impacto desta crise europeia nos países emergentes e compartilha da ideia antiausteridade levantada por Hollande.

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Além disso, o pesquisador Jean-Jacques Kourliandsky, especialista em América Latina do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas da França, acredita que Hollande conheceria melhor o Brasil do que Sarkozy e também possui vários interlocutores no país. Pode começar aqui um casamento franco-brasileiro mais fiel e duradouro entre dois socialistas de base.

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