Macri aprofunda desigualdade social na Argentina
Estatísticas oficiais recentes mostraram que a desigualdade social cresceu na Argentina em 2016, primeiro ano de governo de Mauricio Macri; de acordo com o Instituto de Estatística e Censos (Indec) os 10% da população mais rica receberam no terceiro trimestre do ano passado ingressos médios 25,6 vezes mais altos que os 10% mais pobres; um trimestre antes, essa diferença era de 23 vezes
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247 - Estatísticas oficiais recentes mostraram que a desigualdade social cresceu na Argentina em 2016, primeiro ano de governo de Mauricio Macri. De acordo com o Instituto de Estatística e Censos (Indec) os 10% da população mais rica receberam no terceiro trimestre do ano passado ingressos médios 25,6 vezes mais altos que os 10% mais pobres. Um trimestre antes, essa diferença era de 23 vezes.
Em números, significa que os argentinos da base da pirâmide viveram com 1.370 pesos (em média 275 reais) por mês, contra 34.998 pesos (em torno de 7.000 reais) do estrato mais alto. A última estatística também revelou que a metade dos argentinos ganha menos de 8.000 pesos (1610 reais) por mês, ou seja, vive com pouco mais de 50 reais por dia.
O número está acima dos 325 dólares (1.038 reais) necessários para cobrir a Cesta Básica Alimentar (CBA), que determina a linha da indigência, mas bem abaixo dos 745 dólares (2.380 reais) necessários para cobrir a Cesta Básica Total (alimentos e serviços) de uma família média.
No final de setembro, Macri admitiu que 32% da população eram pobres, um número que transformou em algo difícil de cumprir sua promessa de campanha de "pobreza zero". Especialmente porque o início não foi bom e a Argentina fechou um ano econômico que muitos querem esquecer. O PIB caiu 3,8% no terceiro trimestre, a atividade industrial desabou 4,1% e a inflação foi de 40%.
O governo de Macri disse que foi o custo de resolver o desastre da "herança recebida" do kirchnerismo, e que 2017 o país vai decolar. Seu novo ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, disse que o quarto trimestre reverteu uma sucessão de números negativos e que a economia já começou a crescer. "Estamos trabalhando com uma hipótese de crescimento entre 3,5% e 4% para 2017", disse o ministro em uma entrevista recente.
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