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Maduro e oposição vão às ruas em busca de apoio

Governo venezuelano promove reuniões com setores políticos e da sociedade em Caracas e em San Cristóbal, capital de Táchira, reduto da oposição e cidade onde foram registrados os mais violentos protestos contra o governo nas últimas três semanas; “Tomara que a oposição venha e diga o que temos que fazer olho no olho“, disse o presidente Nicolas Maduro

Governo venezuelano promove reuniões com setores políticos e da sociedade em Caracas e em San Cristóbal, capital de Táchira, reduto da oposição e cidade onde foram registrados os mais violentos protestos contra o governo nas últimas três semanas; “Tomara que a oposição venha e diga o que temos que fazer olho no olho“, disse o presidente Nicolas Maduro (Foto: Roberta Namour)
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Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil - EBC
O governo venezuelano promove hoje (9) reuniões com setores políticos e da sociedade em Caracas e em San Cristóbal, capital de Táchira, reduto da oposição e cidade onde foram registrados os mais violentos protestos contra o governo nas últimas três semanas. Haverá reuniões sobre cultura, esportes e meios de comunicação. Está prevista muita discussão, porque os venezuelanos condenam a censura e o desrespeito à liberdade de expressão.

No sábado, (8) uma Conferência de Paz para Mulheres foi aberta pelo presidente Nicolás Maduro em Caracas. Em San Cristóbal, um encontro regional debateu alimentação e agricultura. Enquanto as comissões se reuniram, houve protestos e marchas organizadas pela oposição.

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Empresários, agricultores, transportadores e ministros participaram da conferência regional, nas comissões de agricultura e alimentação. Na mesma cidade, estudantes, representantes da sociedade civil e políticos de oposição marcharam batendo panelas vazias com cartazes contra a violência e a falta de comida.

Durante a abertura do evento em Caracas, Maduro fez um chamado à oposição para participar das conferências. “Tomara que a oposição venha e diga o que temos que fazer olho no olho“, afirmou.

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A Mesa da Unidade Democrática não comparece às conferências promovidas pelo governo, alegando que não foi estabelecida uma agenda de negociação, e que o governo não atende às reivindicações, como liberação de todos os estudantes detidos em três semanas de protestos.

Há também reivindicação de liberdade para o líder opositor Leopoldo López do partido Vontade Popular, preso desde o dia 18 de fevereiro, sob acusação de coordenar atos violentos durante as manifestações.

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A oposição denunciou que uma manifestação de mulheres que marchava em direção ao Ministério de Alimentação, para entregar um documento ao ministério, foi impedida de chegar ao local.

O governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, disse que o governo comete um erro ao acreditar que o mal-estar social acabará com a repressão. "Vimos uma demonstração clara da debilidade do governo. Nossa luta não é contra um povo chavista, mas sim contra um grupinho de culpados pela escassez. Hoje vimos como o governo tem medo das manifestações contra a falta de produtos", disse Capriles.

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Táchira, estado onde começou a onda de protestos é o mais afetado pela escassez de produtos e pela violência. É também onde a oposição é mais forte.

Enquanto aconteciam os protestos apoiados pela prefeitura de San Cristóbal, representantes do comércio, da indústria e da agropecuária, além de ministros de governo, participaram das comissões de agricultura e alimentação.

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As principais queixas do setor produtivo são sobre a insegurança nas estradas para transporte de mercadorias e dificuldades de conseguir dinheiro para comprar mercadorias.

O reflexo dos problemas aparece nas ruas. A população reclama da falta de produtos, como leite, farinha de trigo e a farinha de milho para fabricação de arepas (espécie de pão, muito popular no país).

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A Agência Brasil acompanhou parte da conferência e também da manifestação. Na comissão, a gerente de uma rede internacional de supermercados da área atacadista pediu maior segurança nas estradas, porque as cargas são saqueadas.

"Nesse sábado estamos fechados, porque não temos produtos suficientes para venda. Carregamentos não estão chegando pela falta de segurança e também dificuldades para comprar os produtos pela falta de dinheiro", afirmou.

Nas ruas, a professora Ingrid Ramires contou a Agência Brasil que protestava porque não consegue comprar comida. "Quem aguenta ficar sete horas em uma fila pra comprar dois quilos de arroz? Ficar na fila, sem nem saber se vai conseguir comprar?”, perguntou.

Na conferência, as reclamações foram ouvidas por integrantes do governo Maduro, como o ministro de Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres. “Continuamos em San Cristóbal, escutando ideias para solucionar os problemas de abastecimento da região, uma das maiores produtoras do país”. O ministro anunciou a liberação de 10 milhões de bolivares (1,5 milhão de dólares) para atender aos transportadores afetados por saques de mercadorias.

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