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Maior jornal de Israel, Haaretz cobra a queda imediata de Netanyahu

"Benjamin Netanyahu deveria ser afastado do cargo imediatamente – não “depois da guerra”, não depois de um acordo judicial no seu julgamento por corrupção", diz o jornal

Benjamin Netanyahu e ataque israelense no enclave palestino de Gaza (Foto: REUTERS)
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247 - O jornal Haaretz, o maior veículo de imprensa de Israel, defendeu nesta segunda-feira (9) a queda imediata do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após a escalada do conflito com o Hamas. "Existe um perigo claro e presente de que todas as suas decisões em tempo de guerra contra o Hamas sejam poluídas por considerações pessoais, jurídicas e políticas mesquinhas. Ele tem sido um primeiro-ministro pobre, do Líbano à China", diz o jornal em texto assinado por Alon Pinkas. "Benjamin Netanyahu deveria ser afastado do cargo de primeiro-ministro imediatamente – não “depois da guerra”, não depois de um acordo judicial no seu julgamento por corrupção, não depois de uma eleição. Agora", afirma o veículo israelense. 


No domingo (8), o jornal israelense Haaretz não poupou críticas em editorial, apontando diretamente para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como o responsável principal pela eclosão da guerra em Israel. De acordo com o Haaretz, a tomada de decisões questionáveis, incluindo a nomeação de Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir a posições-chave, configura-se como um "governo de anexação e desapropriação". Esse cenário político culminou em uma política externa que "ignora abertamente a existência e os direitos dos palestinos". Essa negligência tem repercussões claras no modo como as forças armadas israelenses percebem e, consequentemente, subestimam seu oponente e suas capacidades militares ofensivas, argumentou o periódico.

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O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, alertou que o preço que Gaza pagará "mudará a realidade por gerações" e que Israel estava impondo um bloqueio total com a proibição da importação de alimentos e combustível como parte de uma batalha contra "animais".

Até a tarde desta segunda-feira, o Hamas disse que mais de 500 pessoas haviam sido mortas, 2.700 feridas e 80 mil deslocadas nas centenas de ataques que aviões de guerra, drones, helicópteros e canhões de artilharia israelenses dispararam contra Gaza, que não tem abrigos protegidos designados para tempos de guerra.

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Os 2,3 milhões de habitantes do enclave, muitos deles refugiados descendentes de pessoas que fugiram ou foram expulsas de suas casas durante os combates quando Israel foi fundado em 1948, já sofreram repetidos períodos de guerra e ataques aéreos. Mesmo assim, eles esperam que esse seja pior. "Não é preciso pensar muito sobre isso. Israel sofreu a maior perda de sua história, então você pode imaginar o que eles vão fazer", disse um morador de Beit Hanoun, na fronteira nordeste de Gaza com Israel.

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