Mais um dirigente social é assassinado na Colômbia; são mais de 1,3 mil desde o Acordo de Paz
O Indepaz já registrou 1.300 líderes assassinados após a assinatura do Acordo de Paz na Colômbia
TeleSur - O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) informou nesta terça-feira o assassinato de José Euclides González Marín em Caloto, Cauca, elevando o total para 14 líderes sociais executados na Colômbia em janeiro deste ano.
Segundo a organização, González era um líder reconhecido do Norte de Cauca, e atuou como vice-presidente da Associação dos Trabalhadores das Zonas de Reserva Camponesa de Caloto (Astazonacar).
Além disso, foi membro ativo do Processo de Unidade Popular do Sudoeste Colombiano (Pupsoc), onde trabalhou para garantir os direitos trabalhistas e humanos na área.
José Euclides foi assassinado por volta das 16h00 locais desta segunda-feira na aldeia El Pleasure do município de Caloto, quando, segundo a imprensa local, foi abordado por criminosos que agiram contra ele.
Apesar da ausência de relatórios oficiais das autoridades locais, a Coluna Móvel Dagoberto Ramos do Comando de Coordenação Oeste opera nesta região.
A Ouvidoria emitiu Avisos Prévios: 007/21 de Iminência e 067/18 para o município de Caloto, onde os cidadãos são alertados para os riscos, tanto no meio rural como urbano, da presença de grupos armados, supostamente responsáveis por ameaças e outros graves violações dos direitos humanos.
Com este novo líder já são 1.300 assassinados após a assinatura do Acordo de Paz na Colômbia. Só em janeiro de 2022, foram 13 assassinatos, dos quais 3 eram signatários do acordo.
O Indepaz registrou, em conjunto com o Observatório de Direitos Humanos e Conflitos, a Unidade de Investigação e Acusação da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) e a Ouvidoria, que ocorreram 13 massacres em apenas um mês de 2022.
Da mesma forma, registraram 214 homicídios seletivos, 98 ameaças, 58 tentativas de homicídio, 25 perseguições, 17 desaparecimentos forçados e 16 deslocamentos forçados em massa.
