Mandato de May está por um fio, mesmo que aprove acordo do Brexit
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, poderá ser obrigada a deixar o posto, mesmo se conseguir o apoio necessário da Câmara dos Comuns para o acordo firmado com a União Europeia (UE) para o "Brexit"; uma das exigências que setores do governo e do Parlamento britânico estão fazendo é de que ela se comprometa a renunciar ao cargo
247, com EFE - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, poderá ser obrigada a deixar o posto, mesmo se conseguir o apoio necessário da Câmara dos Comuns para o acordo firmado com a União Europeia (UE) para o "Brexit". Uma das exigências que setores do governo e do Parlamento britânico estão fazendo é de que ela se comprometa a renunciar ao cargo.
Segundo a "BBC", vários parlamentares planejam recuar e apoiar o pacto da primeira-ministra se ela se comprometer a não liderar a nova rodada de negociações com o bloco europeu para chegar a um texto definitivo com as regras para o divórcio da UE.
As informações da "BBC" coincidem com uma conspiração, revelada pelo "The Sunday Times". Segundo o jornal, 11 ministros planejam forçar a saída da primeira-ministra na sessão de segunda-feira (25).
Os "rebeldes" querem, segundo o "Sunday Times", nomear um premiê interino para participar das negociações do "Brexit". O nome mais cotado para assumir a função é David Lidington, atual ministro do gabinete. Correm por fora na disputa os ministros do Meio Ambiente, Michael Gove, e de Relações Exteriores, Jeremy Hunt.
Fontes ligadas à primeira-ministra dizem que ela não pretende renunciar.
As críticas a May foram crescendo ao longo desta semana depois que a primeira-ministra insinuou que a Câmara dos Comuns é a responsável pela crise do "Brexit".
A União Europeia (UE) disse na última quinta-feira (21) que o Reino Unido tem até sexta-feira (29) para aprovar o acordo do "Brexit" se quiser deixar o bloco de forma negociada no próximo dia 22 de maio.
Caso contrário, os líderes europeus estabeleceram o dia 12 de abril como prazo para que os britânicos decidam se querem cancelar o "Brexit", deixar a UE sem negociação ou discutir uma prorrogação mais longa da data de saída, o que obrigaria o Reino Unido a participar das eleições para o Parlamento Europeu no fim de maio.
Neste sábado (23), centenas de milhares de pessoas foram às ruas de Londres para exigir a realização de um segundo referendo sobre o "Brexit".
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