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Mauro Vieira intensifica contatos com chanceleres e costura apoio na ONU à resolução brasileira sobre Gaza

Proposta brasileira prevê a criação de corredores humanitários, retirada de civis e acesso a insumos básicos na Faixa de Gaza, em meio aos combates entre Israel e o Hamas

Mauro Vieira (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ampliou nesta terça-feira (17) os contatos telefônicos com chanceleres e representantes diplomáticos de nações que compõem o Conselho de Segurança da ONU, atualmente presidido pelo Brasil, para conseguir apoio visando a aprovação da resolução brasileira que propõem um cessar-fogo e a abertura de corredores humanitários em Gaza, no Oriente Médio.  

A votação da proposta brasileira estava prevista para a segunda-feira (16), mas foi adiada devido à busca por consenso sobre os termos do documento. A resolução alternativa proposta pela Rússia foi votada e rejeitada, com os Estados Unidos, Reino Unido e França, membros permanentes, posicionando-se contra o texto russo.

Apesar dos obstáculos, a diplomacia brasileira demonstra otimismo diante do adiamento, vendo a oportunidade de angariar apoio e evitar possíveis vetos. Segundo o G1, diplomatas do Itamaraty afirmam que "o tempo adicional servirá não só para conseguir votos a favor, mas para, sobretudo, evitar vetos. Não adiantava nada forçar o voto ontem e topar com o veto de alguém". O Brasil ressalta, no entanto, que o adiamento não pode ser indefinido. Uma nova reunião foi convocada para a noite desta terça-feira.

Ainda segundo a reportagem, Mauro Vieira tem mantido contato nos últimos dias com chanceleres de países-chave, incluindo Rússia, França e Reino Unido, cujos representantes na ONU expressaram apoio à iniciativa brasileira. Além disso, o Itamaraty também está atento à visita que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará a Israel na quarta-feira (18). 

O governo brasileiro acredita que a visita de Biden pode contribuir para os esforços em direção à abertura da fronteira com o Egito na Faixa de Gaza e a possível criação de um corredor humanitário para a saída de pessoas que fogem do conflito, incluindo brasileiros.