Medvedev critica militarização do Japão e vê situação mais complexa na região Ásia-Pacífico

"É lamentável que as autoridades japonesas estejam seguindo um curso em direção a uma nova militarização do país", disse ele

Dmitry Medvedev
Dmitry Medvedev (Foto: Sputnik/Valentin Yegorshin/Pool via REUTERS)


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Reuters – A "militarização" do Japão complica a situação na região da Ásia-Pacífico, afirmou no domingo o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente Dmitry Medvedev.

Rússia e Japão têm relações complexas marcadas por décadas de disputa territorial por um punhado de pequenas ilhas controladas pela Rússia ao largo de Hokkaido, que Moscou chama de Ilhas Curilas do Sul, mas o Japão reivindica como seus Territórios do Norte.

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A disputa pela área, que a União Soviética tomou nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, impediu Tóquio e Moscou de assinarem um tratado de paz formal para encerrar as hostilidades.

"É lamentável que as autoridades japonesas estejam seguindo um curso em direção a uma nova militarização do país", citou a agência de notícias russa TASS, Medvedev, como dizendo.

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"Exercícios militares estão ocorrendo perto das Ilhas Curilas, o que complica seriamente a situação na região da Ásia-Pacífico."

O Ministério das Relações Exteriores do Japão e o Gabinete do Primeiro-Ministro não puderam ser contatados imediatamente para comentar fora do horário comercial.

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A Rússia decidiu neste ano declarar o dia 3 de setembro - o dia após a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial - como o "Dia da Vitória sobre o Japão Militarista", provocando um protesto de Tóquio.

Medvedev disse que o Japão, com ajuda dos Estados Unidos, está expandindo sua infraestrutura militar e aumentando suas compras de armas.

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O Ministério da Defesa do Japão buscou um recorde de US$ 53 bilhões no orçamento do próximo ano fiscal na quinta-feira, como parte de seu maior aumento militar desde a Segunda Guerra Mundial, visando dobrar os gastos com defesa para 2% do produto interno bruto até 2027, citando uma China cada vez mais assertiva e uma Coreia do Norte imprevisível.

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