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Medvedev desafia Putin e defende libertação da banda Pussy Riot

Primeiro-ministro russo diz que os sete meses de prisão das integrantes da banda que criticaram o presidente Vladimir Putin já são tempo suficiente para “fazê-las pensar”

Medvedev desafia Putin e defende libertação da banda Pussy Riot (Foto: SERGEI KARPUKHIN/REUTERS)
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Opera Mundi – O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, defendeu nesta quarta-feira (12/09) a libertação das três integrantes da banda punk Pussy Riot, detidas desde março. Em reunião do partido governista Rússia Unida, o líder russo argumentou que a pena de dois anos recebida pelas artistas era “contraproducente”. 

“A punição que elas já sofreram sendo detidas por tempo bastante significativo é totalmente suficiente para fazê-las pensar sobre o que aconteceu, por causa de sua estupidez ou alguma outra razão”, disse ele segundo a agência russa Interfax

Desde março deste ano, Maria Alyokhina, Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich estão presas por conta de um protesto que realizaram contra o presidente russo, Vladmir Putin, no altar da Catedral de Cristo Salvador, maior igreja ortodoxa do país. No dia 17 de agosto, as ativistas foram condenadas a dois anos de prisão por tribunal de primeira instância pelo crime de "vandalismo motivado por ódio religioso".

 “O que elas fizeram, sua aparência, e a histeria que acompanhou todo o processo me dá náuseas”, afirmou Medvedev citado pelo jornal canadense Globe and Mail. Apesar disso, o premiê russo usou seus conhecimentos legais de advogado para dizer que a decisão judicial ainda pode ser suspensa na próxima instância judicial.

O apoio do premiê russo pode ser importante para os advogados de defesa da banda, que irão recorrer ao veredito no dia 1 de outubro deste ano. “Consideramos correto e apoiamos o  fato de ele (Medvedev) considerar contraproducente para as Pussy Riot permanecerem detidas por mais tempo”, afirmou Nikolai Polozov, um dos advogados das ativistas, à Interfax.

Prisão política

Centenas de pessoas na Rússia e em outros países do mundo protestaram contra a prisão das manifestantes russas, sustentando que foram perseguidas politicamente. "Seja qual for o desejo de Putin, ele consegue. Isso é a única coisa a ser dita", resumiu o marido de Tolokonnikova na saída do tribunal.

Para os ativistas críticos a Putin tanto na Rússia quanto no exterior, o julgamento das Pussy Riot foi mais um sinal de que o governo russo não tolera críticas nem dissidências. “Estamos pedindo às autoridades russas para tirar suas queixas de vandalismo e soltar imediatamente Maria, Ekaterina e Nadezhda”, disse Kate Allen, diretor da Anistia Internacional do Reino Unido.
 Os advogados da banda acusaram a justiça de agir com parcialidade favorável a acusação e que o processo não passa de uma repressão política do regime de Putin.  No início do julgamento, Yekaterina mostrou preocupação com o atual quadro político russo: “estou considerando isso como o início de uma campanha autoritária e repressiva do governo que procura dificultar a atividade política e criar um sentimento de medo entre os ativistas políticos”.

Já em carta enviada nesta quinta-feira (17/08) ao público, Tolokonnikova afirmou que os críticos ao regime "Putinista" venceram, independentemente do veredito final. “Algo inacreditável está acontecendo na cena política da Rússia: uma pressão poderosa, insistente e exigente da sociedade frente às autoridades”, escreveu ela.

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