Meloni defende plano de paz dos EUA e destaca importância do cessar-fogo em Gaza
Primeira-ministra italiana elogia mediação do Catar e enfatiza compromisso internacional para aproveitar oportunidade de paz
247 - Após os massivos protestos pró-Palestina que reuniram mais de 2 milhões de pessoas nas ruas da Itália na última sexta-feira (3), a primeira-ministra Giorgia Meloni se pronunciou sobre o plano de paz promovido pelos Estados Unidos e o contexto do conflito em Gaza. Em declaração oficial, Meloni ressaltou que o projeto, já aprovado por Israel e compartilhado por diversos estados europeus, países islâmicos e pela Autoridade Nacional Palestina, representa uma oportunidade histórica para a região.
“Todos nós devemos nos comprometer a garantir que esta oportunidade extraordinária seja aproveitada”, afirmou Meloni, destacando a mediação realizada por países árabes, especialmente o Catar, ao qual agradeceu pelos esforços. A primeira-ministra também mencionou a resposta positiva inicial do Hamas, que expressou disposição para libertar todos os reféns como parte de um cessar-fogo.
O posicionamento de Meloni chega em um momento de forte mobilização social interna, após sindicatos italianos convocarem uma greve geral e protestos em mais de 100 cidades, incluindo Roma, Milão, Veneza e Nápoles, em defesa da Flotilha Global Sumud e da população de Gaza. Durante as manifestações, jovens e trabalhadores saíram às ruas para reivindicar paz e justiça social, mesmo diante de bloqueios de transporte e interrupções de serviços públicos.
A primeira-ministra enfatizou que a comunidade internacional deve se engajar de maneira coordenada para garantir que o cessar-fogo e as negociações resultem em uma solução duradoura para o conflito, evitando novas escaladas de violência. “Esta é uma chance única para interromper o ciclo de sofrimento e permitir que a população de Gaza receba ajuda humanitária de forma segura”, declarou Meloni.
Analistas políticos italianos apontam que a fala da premiê busca equilibrar a postura do governo diante das pressões internas, representadas pelos protestos de milhões de cidadãos, e das expectativas internacionais sobre a participação da Itália em iniciativas de paz no Oriente Médio.
