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Mercadante: Piñera não tem mais condições de governabilidade no Chile

O ex-ministro Aloizio Mercadante contou à TV 247 o que viu durante sua viagem à capital chilena, Santiago, e falou sobre o processo de elaboração e uma nova Constituição no país. “É uma coisa impressionante, a cidade inteira pichada com ‘fora Piñera’ e ‘repressão assassina’”, disse Mercadante

Sebastián Piñera e Aloizio Mercadante (Foto: Reuters | ABR)
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247 - O ex-ministro Aloizio Mercadante conversou com a TV 247 sobre o que viu em sua viagem à capital do Chile, Santiago, e falou do processo de elaboração de uma nova Constituição no país. Ele afirmou ainda que o presidente chileno, Sebastián Piñera, cujas medidas neoliberais são alvo de protesto, não tem mais nenhum apoio popular.

O Chile vive uma forte tensão social há dois meses e, na última terça-feira, um reajuste dos valores de pedágios nas estradas do país causou uma nova revolta na população, segundo Mercadante. “É impressionante o tamanho da mobilização social. A profundidade e a duração são praticamente dois meses. As notícias não estão chegando ao Brasil, mas as coisas permanecem por aqui muito acirradas. Hoje eu vi na primeira página dos jornais que ontem eles tinham feito um reajuste nos preços dos pedágios e inúmeros pedágios no Chile foram queimados, os caminhoneiros destruíram os pedágios”, disse, em entrevista concedida na última quarta-feira 18.

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“É uma coisa impressionante, a cidade inteira pichada com ‘fora Piñera’ e ‘repressão assassina’”, completou. Nesta sexta-feira 20, o vídeo mostrando um tanque militar atropelando manifestantes veio à tona nas redes sociais, embora ainda não estivesse nos veículos de imprensa (assista aqui).

Os chilenos estão em meio a um processo de constituinte e, por meio de plebiscito, são votados os termos para que um novo texto constitucional seja realizado. O ex-ministro afirmou que não se trata de “uma Constituinte soberana e com plenos poderes” o que está acontecendo no país. Ele ressaltou que a Constituição em vigência no Chile foi formulada por Pinochet, um dos mais sanguinários ditadores da história. 

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“Continua uma pressão forte contra uma transição para uma nova Constituição com restrições. Não é uma Constituinte soberana e com plenos poderes, é uma tentativa de controlar um Estado muito totalitário, muito centralizador e, ao mesmo tempo, não sei o que vai acontecer daqui para frente. O Piñera não tem mais condições de governabilidade, tem pesquisa em que ele está com 9% de apoio e tem pesquisa em que ele está com 4,5%, ninguém mais apoia o governo. Tem uma situação muito delicada aqui, também não tem muita saída institucional, foi uma Constituição feita pelo Pinochet para não ter saída democrática”.

Mercadante também pontuou que, em meio à crise do neoliberalismo, a questão previdenciária do Chile, citada pelo ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, como modelo, é uma das pautas mais graves e tensas. “O ponto mais sensível da crise neoliberal é o que o Guedes mais queria, o regime de capitalização. 82% dos aposentados ganham menos do que um salário mínimo, porque a capitalização é cada um pagar sua aposentadoria sem contribuição patronal e nem estatal. Agora o Piñera está recuando, eles vão introduzir a participação empresarial e também, talvez, estatal. É impossível, é insustentável a situação do sistema de pensão e aposentadoria aqui”.

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