Milhares protestam em Praga contra o apoio da República Checa à OTAN e à Ucrânia

O protesto foi convocado pelo movimento PRO, que não está representado no parlamento e adotou uma linha nacionalista

(Foto: AFP Michal Cizek)


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PRAGA, 16 de setembro (Reuters) – Milhares de apoiadores de um partido de oposição pró-russo na República Tcheca se reuniram em Praga no sábado para protestar contra o governo de centro-direita do país, criticando sua gestão econômica e apoio militar à Ucrânia.

O protesto foi convocado pelo movimento PRO, que não está representado no parlamento e adotou uma linha nacionalista, pró-Moscou e anti-Ocidente.

A agência de notícias CTK estimou a participação em cerca de 10.000 pessoas, menor do que um evento semelhante realizado um ano atrás, que ocorreu no auge do aumento dos preços de energia na Europa.

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"Hoje demos mais um passo para remover o obstáculo que é o governo do Sr. (Primeiro-Ministro Petr) Fiala", disse o líder do PRO, Jindrich Raichl, à multidão na Praça Venceslau de Praga.

"Eles são agentes de poderes estrangeiros, pessoas que cumprem ordens, simples marionetes. E eu não quero mais um governo de marionetes", disse Raichl, afirmando que a República Tcheca deveria vetar qualquer tentativa da Ucrânia de se juntar à OTAN.

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Sob o governo atual, a República Tcheca tem sido um aliado próximo da Ucrânia, enviando tanques, lançadores de foguetes, helicópteros, projéteis de artilharia e outros materiais para ajudar as forças ucranianas na luta contra a invasão russa.

Raichl elogiou as políticas nacionalistas do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban como um modelo a seguir e pediu uma aliança de países da Europa Central para se opor a Bruxelas.

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Ele também expressou apoio ao ex-primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, que adotou uma postura firmemente anti-Ocidente antes das eleições em 30 de setembro.

A manifestante Marcela Hajkova, mãe de três filhos, condenou o auxílio militar do governo à Ucrânia, entre outras políticas.

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"Não somos um país soberano, ouvimos Bruxelas", disse ela. "Por que enviar armas para a Ucrânia, por que eles não buscam a paz?"

Os manifestantes também criticaram a gestão da economia pelo governo, que sofre com inflação de dois dígitos e desempenho abaixo de seus pares europeus, com a produção ainda não tendo retornado aos níveis pré-COVID.

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A polícia informou em uma postagem nas redes sociais que deteve um homem no comício que estava usando um emblema da empresa militar privada russa Wagner Group, sob suspeita de apoiar o genocídio, sem fornecer mais detalhes.

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