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Militares de Guiné-Bissau dão golpe de estado e destituem presidente

Os militares afirmam ter “descoberto um plano de desestabilização”

Imagem aérea feita por drone mostra estátua de Amílcar Lopes Cabral, líder anticolonial que liderou o movimento de independência de Guiné-Bissau, em Bissau - 24/11/2025 (Foto: REUTERS/Luc Gnago)

247 - O Exército de Guiné-Bissau anunciou a criação do “Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e da Ordem Pública”, confirmando a tomada do poder e a destituição do presidente, Umaro Sissoco Embaló, informou o canal Alma Plus TV nesta quarta-feira (26). 

De acordo com os relatos, barulhos de tiros tomaram a capital, Bissau. Os militares fecharam as fronteiras do país ao anunciarem o "controle total" do país. 

O golpe de estado ocorre após a eleição presidencial realizada em 23 de novembro, cujo resultado estava previsto para o dia 27 deste mês. Tanto Embaló quanto seu principal concorrente reivindicaram vitória no pleito.

Entre as medidas decretadas pelos militares estão:

  •  Suspensão dos meios de comunicação
  •  Suspensão do processo eleitoral em andamento
  • Suspensão das instituições do Estado

Os militares afirmam ter “descoberto um plano de desestabilização” que envolveria traficantes de drogas, políticos nacionais e cidadãos estrangeiros, além de denunciar manipulação no processo eleitoral.

Tanto Embaló quanto os líderes opositores Fernando Dias e Domingo Simões Pereira foram detidos. Os dois últimos teriam sido levados para uma base aérea. (Com informações de agências).