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Ministro da Defesa da China realiza visita à Rússia e Belarus

Li Shangfu fará um discurso na 11ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional em Moscou e se encontrará com os chefes de defesa russos e de outros países

Li Shangfu em Moscou, abril de 2023 (Foto: REUTERS)

247 - O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, realiza uma visita à Rússia e a Belarus de 14 a 19 de agosto, informou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, nesta segunda-feira (14). Ele fará um discurso numa conferência militar de Moscou e se encontrará com os chefes de defesa russos e de outros países, segundo a pasta.

"A convite do ministro da Defesa russo [Sergei] Shoigu e do ministro da Defesa bielorrusso [Viktor] Khrenin, membro do Conselho de Estado da República Popular da China e ministro da Defesa Li Shangfu visitará a Rússia de 14 a 19 de agosto, onde participará da 11ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional, bem como visitará Belarus", disse Qian, conforme citado pelo Ministério da Defesa chinês.

Li Shangfu visitou a Rússia em abril deste ano, quando destacou que seu objetivo era demonstrar a todo o mundo a firme intenção da China de reforçar a cooperação estratégica dos dois países. Na ocasião, ele se encontrou com o homólogo russo, Sergei Shoigu, e o presidente russo, Vladimir Putin. 

No mês passado, Li Shangfu reuniu-se em Beijing com o comandante da Marinha Russa Nikolai Yevmenov. Eles trataram da cooperação entre as marinhas dos dois países. O lado russo disse estar pronto para expandir os contatos com a Marinha chinesa em todos os níveis e realizar exercícios e patrulhas conjuntas.

Nesse sentido, as forças navais da Rússia e da China realizam patrulhas conjuntas na parte oeste e norte do Oceano Pacífico, de acordo com o plano anual russo-chinês para cooperação interexército. Os dois países realizaram pelo menos 45 exercícios militares conjuntos na década desde 2012. 

Pequim e Moscou mantêm laços militares estreitos, apesar da pressão de Washington e seus aliados após a invasão da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, relatou em abril que suas forças estavam encontrando componentes chineses em armas russas usadas na Ucrânia, enquanto os suprimentos ocidentais são reduzidos por sanções. A China negou repetidamente que esteja enviando equipamento militar para a Rússia desde o início da guerra. Um mês antes, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a China ainda não havia "cruzado a linha" de fornecer ajuda letal à Rússia.