Ministro da Fazenda da Argentina é "convidado" a renunciar
Governo argentino pediu ao ministro da Fazenda e Finanças, Alfonso Prat-Gay, para renunciar marcando a primeira grande baixa no governo do presidente Mauricio Macri desde que assumiu o poder, há um ano; ministério será dividido em dois, com a divisão do Tesouro sendo comandada pelo economista Nicolas Dujovne e a divisão de Finanças liderada pelo atual secretário da área, Luis Caputo
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Reuters - O governo argentino pediu ao ministro da Fazenda e Finanças, Alfonso Prat-Gay, para renunciar, disse nesta segunda-feira o chefe do gabinete, Marcos Pena, marcando a primeira grande baixa no governo do presidente Mauricio Macri desde que assumiu o poder, há um ano.
Como parte do movimento, o ministério será dividido em dois, com a divisão do Tesouro sendo comandada pelo economista Nicolas Dujovne e a divisão de Finanças liderada pelo atual secretário da área, Luis Caputo, que se reportava à Prat-Gay.
Pena disse que a decisão de Macri de pedir a Prat-Gay para sair tem a ver com questões de gestão, em vez de desacordos sobre a política econômica. Macri tentou acabar com o déficit fiscal da Argentina, mas o governo tem adotado uma abordagem gradual para evitar o agravamento da profunda recessão.
"Devido aos desentendimentos que houve, por vezes, sobre o design e funcionamento da equipe, pensamos que era melhor para a equipe nesta fase fazer uma mudança", disse Pena em entrevista coletiva.
Prat-Gay foi fundamental para elevar os controles cambiais da Argentina e negociar um acordo com os credores dívidas que a Argentina não pagou em 2002, duas das principais conquistas do governo de centro-direita, encerrando mais de uma década de governo populista.
Caputo também desempenhou papel crucial no acordo, que abriu caminho para o retorno da Argentina aos mercados de crédito internacionais pela primeira vez em mais de uma década.
Rumores sobre o futuro de Prat-Gay haviam circulado nas últimas semanas, depois que uma proposta de imposto de renda crucial para as metas de redução do déficit do governo fracassou no Congresso, forçando o governo a renegociar com a oposição.
(Por Luc Cohen)
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