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Mundo

Moralismo é demodé

Desde a liberação sexual dos anos 70, os franceses se tornaram os mais libertinos da Europa. A erótica história de Serge Gainsbourg, hoje nos cinemas, é um símbolo dessa sociedade que ainda acredita em Dominique Strauss-Kahn

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Assim como o típico francês, Serge Gainsbourg era franzino, viciado em café e vivia com uma cigarrilha pendurada nos lábios. Mas algo nele fazia as mulheres caírem aos seus pés. E não eram mulheres comuns. Eram verdadeiras deusas, símbolos sexuais da época, como a francesa Brigitte Bardot. Foi com ela que o cantor e compositor protagonizou cenas que escandalizaram o mundo. Essa história boêmia, erótica e provocadora virou filme. O « Gainsbourg – O Homem que Amava as Mulheres », do diretor Joann Sfar, estreou no Brasil na última semana.

O fruto do tórrido romance com a ousada Brigitte Bardot foi a famosa música “Je t'aime... moi non plus”. De conteúdo considerado erótico – a letra é um diálogo gemido entre dois amantes – ela foi condenada pelo Vaticano e proibida nos Estados Unidos, na Itália, na Espanha e no Reino Unido. Mas na França, se tornou o símbolo da liberação sexual dos anos 1970.

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Esse movimento chegou com o declínino da igreja e do código de normas de uma sociedade puritana. A geração do baby boom impôs uma cultura jovem e libertina. A mulher francesa passou a ter como referência uma Brigitte Bardot de lábios carnudos e que expunha suas formas sem nenhum pudor num biquini nas praias de Búzios, no Rio de Janeiro. E então nasceram os french loveres, apelido dado pelos americanos aos franceses - jovens despidos de moralismo e movidos pelo desejo.

E quando o escândalo da acusação de agressão sexual do ex-chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, veio a público, a primeira reação da sociedade francesa foi condenar a camareira. A incapacidade de DSK de se controlar sexualmente nunca foi segredo nos bastidores da política francesa. Mas isso também nunca foi um problema para ninguém. Se ele estivesse hospedado num hotel francês naquela noite – e não em Nova York – provavelmente a repercussão seria outra. Os franceses costumam ser mais indulgentes com comportamentos severamente reprimidos em outros países. Mesmo depois de tudo, DSK ainda tem o apoio de quase metade da população para voltar a política e se candidatar à presidência da França em 2012. E daqui uns anos, essa história que ainda choca o mundo, pode virar filme e mais uma referência do « savoir vivre » da sociedade menos moralista da europa.

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