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      Morre diretora do jornal argentino Clarín

      Diretora do jornal Clarín, forte opositora do governo de Cristina Kirchner, morreu aos 94 anos em Buenos Aires; Ernestina de Noble ganhou notoriedade por ser a primeira mulher a dirigir um grande grupo de mídia latinoamericano e por suposto rapto de filhos de desaparecidos políticos durante a ditadura argentina nos anos 1970 e 1980

      Diretora do jornal Clarín, forte opositora do governo de Cristina Kirchner, morreu aos 94 anos em Buenos Aires; Ernestina de Noble ganhou notoriedade por ser a primeira mulher a dirigir um grande grupo de mídia latinoamericano e por suposto rapto de filhos de desaparecidos políticos durante a ditadura argentina nos anos 1970 e 1980 (Foto: Charles Nisz)
      Charles Nisz avatar
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      247 - Ernestina Herrera de Noble, herdeira de um dos impérios da comunicação argentinos e diretora do Grupo Clarín, faleceu nesta quarta-feira (14) aos 92 anos. Viúva de Roberto Noble, fundador do Clarín – jornal de maior tiragem da língua espanhola -, estava internada desde terça-feira. A causa da morte não foi divulgada.

      Desde 1969, após a morte de seu marido, assumiu a direção do diário, tornando-se a primeira mulher a dirigir um grande conglomerado de mídia na América Latina. O presidente argentino, Mauricio Macri, lamentou o falecimento de uma “figura-chave do jornalismo e da defesa da liberdade de imprensa”, em mensagem no Twitter.

      Um dos episódios mais controversos de sua trajetória foi a investigação sobre a origem de seus filhos adotivos. A justiça argentina suspeitava de que as crianças seriam filhos de desaparecidos durante a ditadura no país (1976-1983). Em dezembro de 2002, o então juiz federal Roberto Marquevich ordenou sua detenção por suposta falsificação de documentos públicos e rapto de menores.

      Ernestina foi detida por três dias e obteve autorização para cumprir prisão domiciliar, por causa da sua idade. Ela foi liberada em janeiro de 2016, após as amostras de DNA de seus filhos adotivos darem negativo ao serem comparadas com o DNA dos desaparecidos. O grupo Clarín travou forte batalha política contra o governo de Cristina Kirchner (2007-2015).

       

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