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Na África, EUA falam alternativa para nações africanas, mas ouvem resposta desanimadora

"O direito de fazer essas escolhas pertence aos africanos, e somente aos africanos", diz Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, ao lançar uma nova estratégia para a África

Antony Blinken, secretário de Estado (Foto: Reuters)
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Sputnik - "O direito de fazer essas escolhas pertence aos africanos, e somente aos africanos", diz Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, ao lançar uma nova estratégia para a África.

O funcionário do governo norte-americano fez um discurso nesta terça-feira (9) durante o lançamento da nova estratégia de Washington para a África Subsaariana, na Universidade de Pretória, África do Sul.

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Em um movimento descrito pelo South China Morning Post como um contrapeso à influência russa e chinesa na África, Blinken disse que os "EUA pressionarão por projetos focados em saúde, infraestrutura digital, empoderamento de mulheres e meninas, energia e clima".

"Os EUA não vão forçar os países africanos a escolher entre eles e seus rivais, particularmente China e Rússia, mas oferecerão uma alternativa mais construtiva", disse o secretário de Estado dos EUA.

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Ao lado de Naledi Pandor, ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Blinken ouviu que a Rússia é um "parceiro econômico significante para a África do Sul", e seu discurso soava como "paternalista", principalmente quando países europeus buscam aliados para forçar uma condenação contra a Rússia.

 "Uma coisa que eu não gosto é que me digam 'ou você escolhe isso ou então'", disse Pandor a repórteres ao lado de Blinken, após conversas bilaterais.

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Durante o briefing, ela atacou os EUA com uma acusação de dois pesos e duas medidas, e disse que ninguém na África do Sul apoiou o conflito na Ucrânia, mas as regras do direito internacional não estão sendo aplicadas igualmente.

"Devemos estar igualmente preocupados com o que está acontecendo com o povo da Palestina como estamos com o que está acontecendo com o povo da Ucrânia", disse ela.

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Blinken falou ainda sobre os programas de investimento externo EUA, que estão colocando US$ 300 milhões (R$ 1,53 bilhão) "em financiamento para desenvolver, construir e operar data centers em toda a África".

Além disso, os EUA concederam recentemente um contrato de US$ 600 milhões (R$ 3,07 bilhões) para construir um cabo de telecomunicações submarino que se estenderá por mais de 17 mil quilômetros do sudeste asiático ao Oriente Médio, fornecendo conexões de alta velocidade.

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A viagem de Blinken à África vem logo após a visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ao Egito, Etiópia, Uganda e República do Congo no mês passado. O Departamento de Estado tem como estratégia conter os "esforços russos" na região.

 Vale lembrar que Moscou é o maior fornecedor de armas e equipamentos militares da África e também fez incursões nos setores de petróleo, gás, mineração e energia nuclear. Em sua última viagem, Lavrov destacou que "a Rússia e seus parceiros africanos estão trabalhando para reduzir consistentemente a proporção do dólar e do euro no comércio mútuo".

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Ataques à China

Em um ataque à iniciativa chinesa na região, ele ponderou que o mundo viu as consequências "quando os acordos internacionais de infraestrutura são corruptos e coercitivos, quando são mal construídos ou ambientalmente destrutivos, quando importam ou abusam de trabalhadores ou sobrecarregam os países com dívidas esmagadoras".

Autoridades dos EUA usam essas declarações para descrever os efeitos da multibilionária Iniciativa do Cinturão e Rota da China, que levou à construção de megaprojetos de infraestrutura, incluindo portos, rodovias, barragens de energia e ferrovias na África.

Autoridades chinesas negaram várias vezes as alegações de que Pequim está sobrecarregando ou prendendo países com empréstimos que não podem pagar.

Para combater o plano do cinturão e estrada, o presidente dos EUA, Joe Biden, liderou o G7 no lançamento da Parceria para Infraestrutura e Investimento Global em junho, que visa mobilizar US$ 600 bilhões (R$ 3,14 trilhões) globalmente para projetos concretos nos próximos cinco anos.

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