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Nagasaki marca aniversário de bombardeio atômico com cerimônia sombria

A cidade japonesa de Nagasaki rememorou nesta segunda-feira (9) os 76 anos de sua destruição pela bomba atômica lançada pelos Estados Unidos

Nagasaki marca aniversário de bombardeio atômico com cerimônia sombria

Sputnik - A cidade japonesa de Nagasaki rememorou nesta segunda-feira (9) os 76 anos de sua destruição pela bomba atômica lançada pelos Estados Unidos. O prefeito chamou a comunidade global a elaborar um novo tratado de proibição de armas nucleares.

O bombardeio atômico de Nagasaki matou 74 mil pessoas, três dias após a primeira bomba atômica ter atingido a cidade de Hiroshima. Os dois ataques deram ao Japão a triste distinção de ser o único país atacado por armas nucleares. 

Sobreviventes e dignitários estrangeiros fizeram uma oração silenciosa às 11h02 locais (23h02, horário de Brasília), a hora exata em que a segunda e última arma nuclear usada em tempo de guerra foi lançada. 

A cerimônia foi a primeira desde que o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares entrou em vigor, no dia 22 de janeiro de 2021. "Os líderes mundiais devem se comprometer com a redução das armas nucleares e construir a confiança através do diálogo, e a sociedade civil deve empurrá-los nessa direção", disse o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue. 

O Tratado, adotado em 7 de julho de 2017, entrou em vigor após ser ratificado por 50 Estados-membros, a quantidade mínima exigida. O documento não foi assinado por países com arsenais nucleares, mas ativistas acreditam que ele terá um efeito dissuasor. 

O Japão também não o assinou, dizendo que o acordo não tem qualquer peso sem a participação dos Estados nucleares. O país está também em uma posição delicada, uma vez que permanece sob a égide dos EUA no domínio nuclear, com os EUA sendo responsáveis por sua defesa. "Como único país que sofreu bombardeios atômicos durante a guerra, é nossa missão imutável promover firmemente os esforços da comunidade internacional, passo a passo, rumo a um mundo livre de armas nucleares", disse durante a cerimônia o premiê do Japão, Yoshihide Suga.