Negligência de capitão explica naufrágio na Itália
Ministro da Defesa italiano afirma que o acidente ocorrido com supernavio, que deixou cinco mortos, foi um "enorme erro humano"; capito Francesco Schettino acusado de homicdio e de no prestar auxlio aos passageiros; brasileiros, que estavam em 53 no cruzeiro, comeam a chegar ao Pas
247, com agências - O ministro da Defesa da Itália, Giampaolo Di Paola, declarou hoje que o naufrágio ocorrido na noite de sexta-feira no litoral da Toscana, na Itália, foi "um enorme erro humano que teve consequências dramáticas, infelizmente". O capitão do Costa Concórdia, que levava 4.200 pessoas a bordo e deixou cinco mortos após naufragar, foi detido e interrogado no sábado pela polícia do país, sob a acusação de homicídio e de não prestar auxílio aos passageiros.
Em uma entrevista transmitida pela TV italiana, Francesco Schettino, de 52 anos, foi questionado se seguiu a regra máxima de que "o capitão é o último a deixar o barco". "Fomos os últimos a deixar o navio", ele respondeu às autoridades policiais. O capitão disse ainda que, de acordo com as informações de que dispõe, as rochas que provocaram a ruptura do casco do navio e seu afundamento não teriam sido detectadas pelo sistema de navegação automática da embarcação. Segundo ele, as cartas náuticas não indicariam a presença de rochas no local. "Não deveríamos ter tido esse impacto."
O presidente da Costa Crociere, empresa operadora do navio, Gianni Onorato, disse que o capitão teria feito uma manobra com a intenção de proteger os passageiros e os tripulantes, mas que ela não foi bem sucedida por causa da rápida inclinação do navio após o impacto.
RESGATES - Equipes de resgate do cruzeiro de luxo encontraram mais dois corpos neste domingo, além de mais três sobreviventes. O naufrágio deixou também cerca de 40 feridos e o número de desaparecidos divulgado neste domingo era de 15 pessoas.
Na madrugada de domingo, Hye Jim Jeong e Kideok Han, ambos de 29 anos, haviam sido resgatados de dentro de um camarote no oitavo andar, depois que os bombeiros ouviram gritos de socorro. Em lua-de-mel, o casal havia embarcado na cidade de Civitavecchia, poucas horas antes. Levados para um hospital da localidade de Orbetello, já foram liberados e estão a caminho de Roma.
O terceiro sobrevivente foi resgatado do interior do navio na manhã do domingo. Comissário-chefe de bordo, Marrico Giampetroni foi retirado do local de helicóptero. Os socorristas tiveram que atravessar regiões alagadas dentro da embarcação, que está parcialmente submersa no Mar Mediterrâneo. A imprensa local informou que ele teria uma perna quebrada. Autoridades afirmaram que ele está em boas condições de saúde.
Brasileiros que estavam no navio retornam ao País
Grupos de brasileiros que sobreviveram ao naufrágio na Itália retornaram neste domingo ao Brasil. Segundo o cônsul geral-adjunto em Milão, Antônio Luz, 26 brasileiros que perderam os documentos procuraram o consulado brasileiro em Milão no sábado. Desse total, 24 receberam a Autorização de Retorno ao Brasil (ARB).
Dois brasileiros preferiram esperar até segunda-feira, no horário de expediente, para que sejam emitidos passaportes e eles possam continuar a viagem pela Europa.
De acordo com Luz, neste domingo, mais dois brasileiros receberam a ARB. Segundo o cônsul, entre os brasileiros que voltam ao Brasil, 17 são membros de uma mesma família de Fortaleza. Eles foram para Lisboa, de onde embarcam para o Brasil.
O navio levava 4.200 pessoas, entre turistas e tripulantes. A maioria dos turistas era italianos, alemães e franceses. Também havia 53 brasileiros a bordo, sendo 47 passageiros e seis tripulantes. Segundo o Itamaraty, todos os brasileiros sobreviveram.
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