CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

Netanyahu mata mais uma criança: uma menina de 8 anos

Porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza Ashraf Al-Qidra disse que o ataque contra uma casa no campo Shati aconteceu depois do início previsto do cessar-fogo de sete horas estabelecido nesta segunda-feira pelo próprio governo israelense; novo ataque  matou uma menina de oito anos e deixou 29 pessoas feridas; Exército israelense disse que estava checando a informação; palestinos usam breve trégua para ver o que sobrou de suas casas

Porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza Ashraf Al-Qidra disse que o ataque contra uma casa no campo Shati aconteceu depois do início previsto do cessar-fogo de sete horas estabelecido nesta segunda-feira pelo próprio governo israelense; novo ataque  matou uma menina de oito anos e deixou 29 pessoas feridas; Exército israelense disse que estava checando a informação; palestinos usam breve trégua para ver o que sobrou de suas casas (Foto: Roberta Namour)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Palestinos e israelenses acusaram uns aos outros de romperem um cessar-fogo de sete horas, cuja intenção era permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, logo depois de ter entrado em vigor nesta segunda-feira.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Palestinos disseram que Israel havia bombardeado um campo de refugiados na Cidade de Gaza, matando uma menina de oito anos e ferindo 29 pessoas, ao passo que Israel disse que pelo menos quatro foguetes haviam sido disparados contra seu território a partir de Gaza.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidra, disse que o ataque aéreo a uma casa no campo de Shati aconteceu após a trégua ter começado, nesta segunda-feira de manhã (horário local).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Uma porta-voz militar israelense disse estar apurando o que aconteceu no campo de refugiados. Segundo ela, quatro foguetes haviam sido disparado de Gaza desde o início da trégua, sendo que dois detonaram dentro de Israel. Não há relatos de mortes ou danos.

Em Jerusalém, um veículo pesado de construção civil bateu em um ônibus, num incidente que a polícia israelense disse ter sido um ataque palestino. Não havia passageiros no ônibus, mas um transeunte morreu após ser atropelado pelo veículo. A polícia disse ter matado a tiros o motorista, o qual, segundo a imprensa israelense, foi identificado como um palestino que vivia no leste de Jerusalém.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Israel anunciou um cessar-fogo humanitário para permitir que alguns dos centenas de milhares de palestinos desabrigados fossem para casa, após quase quatro semanas de guerra.

O anúncio foi encarado com desconfiança pelo movimento islâmico Hamas, que controla Gaza, e aconteceu após uma incomum dura reprimenda dos EUA sobre um aparente ataque de Israel, no domingo, a um escola da ONU, que deixou 10 pessoas mortas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Um oficial de defesa de Israel disse que o cessar-fogo seria aplicado em todos os lugares, exceto em áreas no sul da cidade de Rafah, onde forças terrestres intensificaram a ofensiva após três soldados terem morrido em uma emboscada do Hamas na sexta-feira.

"Se a trégua for rompida, as forças militares retornarão fogo durante a declarada duração da trégua", disse o oficial.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

MANOBRA MIDIÁTICA

O Hamas, que enviou representantes ao Egito para negociações de uma trégua, disse que o ataque de Israel após o início do cessar-fogo mostra que a trégua era uma manobra midiática.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Pedimos que as pessoas continuem a ser cuidadosas", disse o porta-voz Sami Abu Zuhri.

Israel está diminuindo sua ofensiva apesar da ausência de um acordo com o Hamas. Segundo Israel, o Exército completou seu objetivo principal da operação de solo: a destruição de túneis utilizados para invadir o território israelense.

Em um ataque aéreo na madrugada, Israel matou Danyal Mansour, um alto comandante da Jihad Islâmica, um grupo palestino que luta com o Hamas.

Israel lançou sua ofensiva em 8 de julho após um aumento dos disparos de foguetes feitos pelo Hamas. O conflito então avançou para uma invasão por terra em Gaza.

Autoridades de Gaza dizem que 1.804 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos e mais de 25 por cento dos 1,8 milhão de moradores da região ficaram desabrigados, com mais de 3.000 casas palestinas destruídas ou danificadas.

Palestinos usam breve trégua para ver o que sobrou de suas casas

Por Nidal al-Mughrabi

GAZA (Reuters) - Vidro e entulho tomavam as ruas da casa de Ahed Marouf no norte de Gaza, nesta segunda-feira, enquanto ele tocava uma carroça levando a esposa e três filhos para ver a casa da família durante uma trégua de sete horas declarada por Israel.

O que eles viram quando chegaram a Beit Lahiya, perto da fronteira israelense, fez com que voltassem para o abrigo temporário em uma escola administrada pela ONU no campo de refugiados de Jabalya.

"Eu não me sinto seguro", disse Marout, um agricultor de 30 anos. "Em nossa casa, as janelas foram estilhaçadas. Não há eletricidade nem água."

Junto a outros milhares de moradores da região, Marouf e sua família fugiram de Beit Lahiya durante as intensas batalhas na semana passada entre forças israelenses e militantes palestinos.

Israel realizou ataques aéreos e por terra, ao passo que militantes atiraram dezenas de salvas de morteiros.

Israel disse que a breve trégua nesta segunda tinha a intenção de permitir que centenas de milhares de palestinos desabrigados há quase um mês devido ao conflito voltassem para casa. O grupo islâmico Hamas, que domina Gaza, disse que a trégua unilateral era um truque de relações públicas de Israel.

Na principal via de acesso a Beit Lahiya, um bloco de grandes prédios de apartamentos onde moravam centenas de famílias de baixa renda parecia ter sido atingido por tiros de tanque, com danos grandes demais para serem consertados.

"Apenas um cessar-fogo permanente de ambos os lados nos persuadiria a voltar para casa e ficar. Por enquanto, permanecemos na escola da ONU", disse a esposa de Marouf, Mervat, de 23 anos.

Ela reclamou que não pode tratar a gripe e a dor de estômago de seus filhos em hospitais locais porque os locais estão lotados de pessoas feridas por conta dos bombardeiros de Israel.

Na Cidade de Gaza, dezenas de pessoas faziam fila na frente de bancos e caixas eletrônicos para sacar dinheiro.

Outros se amontoavam em mercados durante o cessar-fogo, o qual, segundo palestinos, foi violado por Israel com um ataque a bomba que matou uma menina de oito anos e feriu outras 29 pessoas em um campo de refugiados de Gaza.

"A destruição toma conta de Gaza", disse Mervat. "Viemos com nossa tristeza. Voltamos com essa tristeza também."

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO