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Netanyahu rejeita apelos da ONU e reafirma que Israel vai invadir Rafah

A ONU reitera que uma ofensiva terrestre em Rafah acrescenta uma “camada adicional de tragédia sem fim” para os palestinos

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

247 - O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu indicou nesta sexta-feira (9) que o exército vai expandir a ofensiva na zona de Rafah, sul de Gaza, apesar de a Organização das Nações Unidas (ONU) ter alertado que esta ação seria “catastrófica” para mais de um milhão de palestinos que ali se refugiaram.

Anteriormente, Netanyahu tinha informado sobre um “plano combinado para a evacuação da população”. 

Desde que as forças israelenses expandiram as suas operações no sul de Gaza, como em Khan Younis, mais da metade da população de Gaza, cerca de 1,4 milhão de palestinos, fugiram para a área de Rafah, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).

Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, disse aos repórteres no terreno neste mesmo dia que há “uma ansiedade crescente e um pânico crescente” na cidade, já que os palestinos “não têm absolutamente nenhuma ideia para onde ir depois de Rafah”, informa o canal iraniano HispanTV.

“Qualquer operação militar em grande escala contra esta população só pode levar a uma camada adicional da tragédia sem fim que está a ocorrer”, disse ele.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alerta que “Rafah está sob grave ameaça” e reitera a necessidade de uma trégua imediata em Gaza.

Apesar dos apelos de organizações internacionais, incluindo o seu maior aliado, os EUA, Netanyahu insistiu no início desta semana que a operação das forças israelenses em Rafah iria “proporcionar à população civil uma passagem segura para áreas seguras”.