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Nicolas Sarkozy sofre derrota histórica no Senado

Direita perde maioria na casa para os socialistas pela primeira vez desde 1958. Revs acontece a poucos meses da eleio presidencial de 2012

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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris - “Pela primeira vez desde o pós-guerra, o Senado vai conhecer a alternância. Esse dia entrará para a história”. Com essas palavras, o líder dos senadores socialistas, Jean-Pierre Bel, comemorou a vitória da esquerda, agora em maioria no Senado, com 177 assentos dos 348 disponíveis. No domingo à noite, o partido de Nicolas Sarkozy sofreu uma derrota histórica a pouco menos de sete meses antes de eleição presidencial. Perto de 1 hora da manhã, os últimos eleitos das Antilhas, todos da esquerda, confirmaram o domínio do PS na casa, tradicionalmente comandada pela direita desde 1958. Ironia ou não, foi Serge Larcher, um homônimo do atual presidente UMP do Senado, Gérard Larcher, que virou o jogo conquistando o 175° lugar.

A eleição do novo líder do Senado, marcada para o próximo final de semana, ainda não foi conquistada pela esquerda. Mas a derrota da UMP nesse último domingo foi incontestável. Loiret, Isère, Nord, Pas-de-Calais, Hauts-de-Seine, Val-de-Marne, Oise, Manche, Pyrénées-Orientales... a lista dos departamentos onde os socialistas progrediram aumentou consideravelmente, até em territórios improváveis, como em Yvelines, região de Gérard Larcher.

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A estratégia da UMP após o revés foi economizar nos comentários. « O que aconteceu no Senado não quer dizer necessariamente uma reprovação a Nicolas Sarkozy », diziam uns. « Nada está decidido », tentavam se consolar outros. De fato, no plano legislativo, a vitória da esquerda não quer dizer muita coisa. Atualmente, não há nenhuma legislação importante que um senado de esquerda possa atrapalhar. O parlamento já aprovou um ajuste no orçamento de 2011 para diminuir a dívida pública a médio prazo, visando manter a classificação AAA da França. Tudo indica que os planos orçamentários de 2012 também deverão ser aprovados sem maiores problemas.

Mas o peso simbólico da derrota não pode ser desconsiderado. A França aclama por mudanças, principalmente nesse contexto de crise econômica. Prova disso é o nível de popularidade do atual presidente. Por mais que o índice de rejeição contra Sarkozy tenha diminuído um pouco, ele ainda é um dos dirigentes menos populares da Vª República. Os altos níveis de desemprego, a crise da dívida e o impasse do resgate da Grécia abafaram as suas conquistas internacionais na Líbia e na Costa do Marfim.

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Seu plano de campanha pela corrida presidencial de 2012, que deve ser lançado em novembro, terá de ser muito convincente para recuperar o prestígio da direita.

 

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