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O mapa das máfias europeias

Cinco famlias controlam o crime organizado na Europa. Segundo a Europol, a internet e a crise impulsionaram o movimento nos ltimos anos

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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – “O crime organizado está mudando.” É o que afirma o diretor da Europol, Rob Wainwright, Eles podem ser romenos, albaneses, lituanos ou nigerianos. Os ex-União Soviética, conhecidos pela extrema violência, extorsão e lenocínio, começam a estender sua influência a oeste. Mas a imagem do gangster rústico ficou para trás. Agora, fala-se do desenvolvimento de uma criminalidade mais intelectual e cosmopolita, que explora as brechas da lei, a miséria humana e as altas tecnologias. Nos últimos dois anos, seu impacto sobre a sociedade aumentou, estima o chefe da Europol, que estabeleceu uma ligação direta com a crise que afeta as economias europeias dese 2009.

Um continente, cinco famílias mafiosas no comando. Segundo análises da Europol, um esquema extremamente organizado divide o bolo da União Europeia em cinco pedaços. São plataformas de cooperação que trabalham em setores diferentes do crime. A região noroeste, com Holanda e Bélgica no centro, é responsável pela distribuição de drogas e autoprodução de maconha. O nordeste, que engloba Lituânia, Estônia, Letônia e parte da Rússia, é a sede de grupos violentos multicriminais da ex-União Soviética. No sudeste, entre a Bulgária, Romênia e Grécia, funciona um esquema de imigração ilegal – que registrou em 2010 alta de 500%. O sul da Itália é a porta de entrada europeia para os produtos falsificados – nos últimos dois anos, a contrafação aumentou em 31%. E finalmente à sudoeste, o trânsito de cocaína e de canabis por Espanha e Portugal.

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Para evitar o rastreamento via contas bancárias e por intermédio da série de notas de dinheiro, as organizações mafiosas intensificaram uma prática de troca entre elas. A cocaína que transita pelas Antilhas é as vezes paga com haxixe, por exemplo. Em algumas regiões, o escambo é feito com bens roubados, armas ou dinheiro lavado. Rob Wainwright revela ainda que as famílias criminosas dividem de mais em mais os custos e os riscos, reunindo diferentes mercadorias no mesmo contêiner.

O movimento se aproveitou da crise econômica para ampliar seu alcance. Funcionários públicos e executivos, em busca de um complemento salarial, ficaram mais suscetíveis à corrupção. Policiais franceses foram presos no ano passado em Marselha por suposta cumplicidade com a organização. Os contrabandistas de imigração ilegal também contam com a ajuda de agentes de alfândegas pela Europa.

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A integração da internet na política comercial de grupos criminosos é constatada em todos os níveis. As famílias mafiosas utilizam a rede como uma ferramenta de comunicação, fonte de informação, serviço financeiro, mas também como mercado – para atrair, vender e recrutar. « Os bancos onlines oferecem aos grupos criminosos a oportunidade de transferir seus ativos ilícitos mais rapidamente do que nunca », diz o diretor da Europol. Os bandidos usam o Skype para se proteger de escutas telefônicas. Além disso, as redes sociais, como Facebook, multiplicaram a carteira de clientes.

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