O Mercosul de Macri e Temer e a continuidade do atraso
A "modernização" proposta pela dupla reforça o desenvolvimento desigual no continente, apontam professores de relações internacionais
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Por Karen Honório e Roberta Traspadini, na Carta Capital
Um museu de grandes novidades. O paradoxo no verso de Cazuza cabe sob medida para ilustrar o clima da última cúpula do Mercosul. “O Mercosul é o que fazemos dele. Revitalizar o Mercosul, como fez Vossa Excelência, tem sido possível porque vivemos, em cada um de nossos países, momentos modernizadores.” A frase é de Michel Temer dirigida a seu congênere argentino, Mauricio Macri, em discurso na 50ª Cúpula do Mercosul realizada no último dia 21 de julho em Mendoza, Argentina.
A história de nossa região nos mostra que o sentido desses “momentos modernizadores” quase sempre significou a adoção de medidas políticas, econômicas e sociais que precarizaram as condições de vida em nossos países – principalmente dos mais pobres – e priorizaram as novas necessidades e interesses do capital financeiro internacional e das burguesias a ele alinhadas facilitando sua atuação em nosso continente. Nada mais antigo que o moderno.
A década de 1990 foi um desses “momentos modernizadores”: abertura dos mercados internos, Estado-mínimo para as demandas sociais e máximo para o capital financeiro, livre-comércio e inserção associada na economia globalizada foram ideias-chave no período de reformas neoliberais de todas as ordens.
Leia a íntegra na Carta Capital
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